O governo de Joe Biden deu um passo significativo para considerar, oficialmente, a maconha como uma droga de menor risco nos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo Departamento de Justiça dos EUA nesta quinta-feira (16/5).
No comunicado, o órgão que atua como uma espécie de Ministério da Justiça no Brasil, recomendou que a maconha fosse reclassificada da classe 1, mais perigosa, para a classe 3.
Atualmente, a erva é classificada na categoria 1 ao lado de drogas como heroína e LSD pelo Drug Enforcement Administration (DEA) em uma tabela composta por cinco classes, das mais perigosas a menos nocivas. A divisão leva em conta fatores como seu uso médico e o potencial abuso ou dependência.
Na atual classificação, a maconha é considerada mais nociva que substâncias como cocaína, metanfetamina, e analgésicos como fentanil, que fazem parta da classe II.
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Apesar da iniciativa, a mudança de classificação não sinaliza uma flexibilização nas leis do país relacionadas a droga, e sim o reconhecimento de que a erva possuí menor potencial abusivo quando comparada a outras substâncias.
Com o anúncio, a proposta submetida ao Registro Federal será discutida durante um período de 60 dias até que autoridades decidam e publiquem a regra oficialmente.
Biden comemora
Após o anúncio, o presidente Joe Biden, que pediu a revisão da maconha para uma droga de menor risco em 2022, chamou a medida de sua administração como “monumental”.
“Isso é monumental”, afirmou Biden em um vídeo publicado no X, antigo Twitter, após o anúncio do Departamento de Justiça. “Hoje meu governo deu um passo importante para reclassificar a maconha de uma droga de Classe I para uma droga de Classe III”, disse.
Segundo o político democrata, a atual ação busca corrigir erros provocados por políticas fracassadas em relação a maconha nos EUA.
“Olha, pessoal, ninguém deveria estar preso por apenas usar ou possuir maconha”, afirmou. “Muitas vidas foram destruídas por causa de uma abordagem fracassada em relação à maconha e estou comprometido em corrigir esses erros”, acrescentou.
