Nesta quarta-feira (8/5), o promotor Fernando Bolque manifestou-se a favor da concessão de liminar para que Fernando Filho pague três salários mínimos aos familiares de Ornaldo.
O dono do Porsche teve prisão preventiva determinada pela Justiça na última sexta-feira (3/5). O empresário se apresentou à Polícia Civil na segunda (6/5) e aguarda transferência para o Presídio 2 de Tremembé, no interior de São Paulo.
Reprodução/TV Globo
Homicídio
Fernando Filho é réu por homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima. O motorista de aplicativo dirigia um Renault Sandero morreu logo após a colisão.
A outra vítima é o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, 22 anos, carona no Porsche — fraturou quatro costelas, precisou ser hospitalizado e perdeu o baço.
Apresentando sinais de embriaguez, Fernando Filho recebeu permissão dos PMs para ir embora, sem fazer o teste do bafômetro. Os policiais também são alvos de investigação.
Câmeras de monitoramento flagraram Fernando Filho dirigindo o Porsche, avaliado em mais de R$ 1 milhão, em altíssima velocidade quando bateu na traseira do carro de Ornaldo. O motorista de aplicativo foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu de traumatismo cranioencefálico.
Investigação
Laudo do Instituto de Criminalística apontou que a velocidade média do Porsche era de 156 km/h. Quando se apresentou à polícia, contudo, mais de 36 horas após o acidente, o empresário disse que estava “um pouco acima da velocidade máxima permitida”, que é de 50 km/h.
À polícia, o amigo que estava no Porsche disse que Fernando Filho havia ingerido bebida alcóolica antes, contrariando o depoimento do empresário.
Antes do acidente, os amigos e suas respectivas namoradas foram a um restaurante, onde o grupo consumiu nove drinques, e depois a uma casa de pôquer, com open bar.
A análise das imagens das câmeras corporais dos PMs que atenderam a ocorrência mostra o momento em que Fernando Filho é liberado do local do acidente junto com a mãe, sob a justificativa de que iria procurar atendimento médico.