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Há 30 anos, o mundo e o esporte perdiam Ayrton Senna, o piloto brasileiro tricampeão mundial de F1

Por Tião Maia, ContilNet

“Senna bateu! E bateu forte…”.

As palavras do locutor Galvão Bueno, que narrava a corrida de San Marino, em Ímola, na Itália, naquele domingo, 1º de maio de 1994, pareciam anunciar, também o fim de uma era de vitórias do automobilismo brasileiro, em transmissões dominicais da Rede Globo que paravam o Brasil. Naquele 1º de maio de 1994, o Brasil parou mais uma vez. Desta vez, para chorar a morte de seu ídolo, Ayrton Senna, Ayrton Senna do Brasil. Como o próprio Galão fazia questão de lembrar a cada vitória.

Ayrton Senna com o pai, Milton da Silva, durante o GP da Espanha de 1990 — Foto: Henri Cahier/Getty Images

Nesta quarta-feira, 30 anos depois daquele domingo, o mundo civilizado relembra a trágica morte do piloto. Naquele dia, o tricampeão mundial de F1, à época pela Williams-Renault, morreu em um acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália.

Na época, o brasileiro tinha 34 anos e vivia o auge da carreira. No campeonato, o piloto liderava o grande prêmio até perder o controle de sua Williams, na curva Tamburello, no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, e se chocar violentamente contra o muro de proteção. “Sena bateu…!, descrevia o locutor, sem cessar…

Na F1, Senna fez o país inteiro vibrar com suas 65 poles positions, 41 vitórias e seus três títulos conquistados em 10 anos na categoria. Toleman, Lotus, McLaren e Williams foram as escuderias pelas quais Ayrton brilhou nas pistas do mundo todo, esbanjando talento, garra, emoção e um estilo arrojado de pilotar: a sua marca registrada.

A morte de Senna parou o Brasil e ele teve um cortejo à altura de sua história. Mais de um milhão de pessoas estiveram em São Paulo para se despedir e prestar suas últimas homenagens ao ídolo.

Morte de Ayrton Senna chocou o Brasil e o mundo/Foto: Reprodução

Mesmo após a morte do piloto, o legado de Senna continua vivo entre os brasileiros através do Instituto Ayrton Senna, que já transformou a vida de mais de 36 milhões de crianças e jovens em cerca de três mil cidades do país.

Viviane Senna, irmã do piloto e presidente do Instituto Ayrton Senna, conta que o tricampeão mundial de F1 mencionava, ainda em vida, a vontade de criar um projeto para ajudar o país. “Depois de 30 anos, isso não é mais um sonho, um desejo, isso é uma realidade que já mudou a vida de milhões e milhões de crianças. Ou seja, é uma operação de larga escala, consistente, durante muitos anos e com resultados maravilhosos, que mudou a trajetória de crianças, de famílias, de cidades inteiras em termos de resultados educacionais”, afirma Viviane.

Ao contribuir para melhorar a educação de base no Brasil, o Instituto Ayrton Senna de certa forma materializa o amor que Ayrton sentia por crianças. Sobrinhos do tricampeão, Bruno e Lalalli relembram os momentos de carinho ao lado do tio.

“Ele não teve a oportunidade de ter os filhos dele, mas a gente estando lá, a gente teve essa experiência. Foi incrível fazer essas bagunças com ele. Qual criança não gosta de tio bagunceiro!?”, relembra o também piloto Bruno Senna.

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