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Homem com vermes fica 17 anos com pênis inchado antes de buscar médico

Por Metrópoles

Por quase duas décadas, um homem de 72 anos do Zimbábue conviveu com um inchaço no pênis e na perna — só após procurar ajuda médica ele foi diagnosticado com uma infestação parasitária, a filariose linfática.

Durante a internação, os médicos notaram que a perna esquerda do paciente estava com um inchaço que não diminuía e foi preciso colocar um cateter temporário para que ele conseguisse urinar. O caso foi publicado na revista científica New England Journal of Medicine em 4 de maio por médicos do University Hospital Basel, na Suíça, onde ele foi atendido.

Imagem ilustrativa/Getty Images

“A ressonância magnética da pelve mostrou inchaço dos tecidos escrotais em ambos os lados”, escrevem os médicos no artigo.

Filariose linfática

Após uma série de exames, o homem, que não foi identificado, foi diagnosticado com filariose linfática crônica, uma infecção parasitária transmitida por mosquitos considerada uma doença tropical negligenciada. Na condição, os nematoides (vermes microscópios alongados, com aparência semelhante a fios) invadem o sistema linfático.

Ao examinar o paciente, os médicos notaram que a contagem de eosinófilos (glóbulos brancos que se tornam ativos quando a pessoa está com certas doenças alérgicas ou infecções) do homem era quase o dobro do normal.

Os testes deram positivo para Wuchereria bancrofti, um nematoide que vive nos vasos linfáticos das pessoas infectadas.

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas podem variar desde a ausência de sinais até quadros graves e incapacitantes. Os sintomas crônicos, como no caso do paciente, incluem acúmulo anormal de líquido nos membros, seios e bolsa escrotal, crescimento ou inchaço exagerado das pernas e braços, e aumento do testículo (hidrocele).

O tratamento é simples: no caso do paciente de Zimbábue, foram prescritos dois medicamentos antiparasitários para matar os vermes. “No acompanhamento, dois meses após o término do ciclo do medicamento, os sintomas foram resolvidos”, observam os médicos.

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