Preso injustamente por 12 anos, o jardineiro Carlos Edmilson da Silva (36) foi solto nesta quinta (16) pela Justiça. Ele foi condenado por 10 estupros contra mulheres na Grande São Paulo e inocentado após exames de DNA mostrarem quem foi o verdadeiro criminoso.
Ele foi detido quando tinha 24 anos, em março de 2012, pela Polícia Civil de Barueri, na Grande São Paulo. À época, Carlos foi apontado como um suposto “maníaco” que havia abusado sexualmente de dez mulheres na cidade de Osasco.
O jardineiro sempre negou os crimes, mas foi apontado como o autor dos abusos pelas vítimas, que teriam feito o reconhecimento por foto e depois presencialmente na delegacia. Após julgamento, ele foi condenado a uma pena de 137 anos, 9 meses e 28 dias de prisão em regime fechado.
A Justiça decidiu liberá-lo após exames de DNA da Superintendência da Polícia Técnico-Científica apontarem que o verdadeiro abusador foi José Reginaldo dos Santos Neres, atualmente com 34 anos. Ele estava cumprindo pena por roubos na Penitenciária de Itaí, no interior paulista, onde Carlos ficou preso por 12 anos.
O material genético de José foi encontrado em cinco das dez vítimas do crime. As outras cinco não fizeram o exame sexológico.
Carlos foi recebido pela mãe, Ana Maria da Silva, após deixar a cadeia em Itaí. Ao ser questionado por jornalistas sobre como se sentia ao ser solto, ele afirmou: “Não tenho nem palavras. Não consigo nem falar direito”.