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Paratleta faz trajeto de 18 km diários para treinar e pede ajuda para ir a SP competir

Por Vitor Paiva, ContilNet

O paratleta de natação acreano, Edson Cardoso, 27 anos, está em preparação na cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, para disputar o primeiro Festival Paralímpico Loterias Caixa, em São Paulo, previsto para ocorrer no dia 21 de setembro deste ano. Mas, por enquanto, a viagem dele para o sudeste do país está indefinida. 

“Estamos com problemas em relação a passagens (…) a locomoção é muito complicada. Se tivesse alguém que pudesse ajudar. A estadia não sabemos como é que vai ser, se o Comitê (Paralímpico Brasileiro) vai dar ou não. É um nível de dificuldade, não só meu, mas de todo atleta que hoje está treinando para competir em outro estado em relação ao transporte, em relação à locomoção para outro estado”, disse ao GE.

O esporte o ajudou na melhora de seu psicológico após o incidente que o lesionou/Foto: Arquivo pessoal/Edson Cardoso

Lesionado há sete anos, ele afirma que o esporte foi uma maneira de se motivar e se desenvolver, seja dentro das competições, ou como pessoa, e que para além de melhorar o seu corpo, teve efeitos positivos no seu psicológico.

“Acredito eu que os jovens hoje agem muito por emoção, por impulso, por não se deixar levar a ser diminuído por alguém, como a gente tem a cabeça muito quente, imaturo… Mas tudo isso é parte do nosso processo de crescimento. O esporte está abrindo portas, mostrando que somos capazes e que são fases da nossa vida. Basta a gente querer passar elas e deixá-las para trás”, pontua.

O treinador Marcelo Santos, que trabalha com Cardoso, pontua que, muitas vezes, para o atleta, é importante se manter bem psicologicamente para conseguir se desempenhar da melhor maneira possível.

“A gente tem que trabalhar o psicológico, tem que trabalhar o físico, mas o mais importante, a princípio, é a força de vontade, criar na pessoa aquele sonho de sair do comodismo, de acreditar em si mesmo, de buscar realmente, viver um sonho que ele tem condição de viver e não criar uma expectativa fora da realidade. Fazer ele entender que ele tem um potencial e esse potencial pode ser alcançado, pode ir muito mais longe do que eu penso, ele pensa também”.

O paratleta diz que o apoio do treinador ajudou muito em sua melhora psicológica/Foto: Arquivo pessoal/Edson Cardoso

O paratleta ainda destaca que ele e o treinador precisam enfrentar uma rotina cansativa durante os treinamentos, enfrentando cerca de 18km diários de deslocamento, seis vezes por semana, para que toda a rotina de preparações seja cumprida, e por esses fatores, segue em busca de parcerias e patrocínios para que consiga se manter competindo.

Para aqueles interessado em ajudar, as doações podem ser feitas através da chave PIX: 68 99902-5075 , no nome de Marcelo dos Santos de Almeida

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