Seguindo a mesma profissão do pai, filha de defensor público fala sobre o amor pelo trabalho

Atuando na profissão há quase 22 anos, a advogada fala sobre o papel do defensor público

Neste domingo (19) é celebrado o Dia do Defensor Público importante profissional que tem como papel garantir o acesso à Justiça. O ContilNet conta, hoje, sobre a trajetória de Thais Araújo, acreana que compartilha uma história de admiração e carrega consigo um legado de família. Filha de um defensor público, ela conta como o exemplo do pai e seu amor pela justiça e pela defesa dos mais necessitados moldou seu amor pela profissão.

Filha do defensor público aposentado, Antônio Batista de Sousa, falecido há dois meses, Thais conta que sua paixão pela vida jurídica iniciou já na infância, e que foi durante seu primeiro estágio na faculdade que ela descobriu a paixão pela defensoria pública.

Ela atua na profissão há 22 anos/ Foto: Defensoria Pública

“Passei em quinto lugar e comecei a fazer Direito na Ufac. O meu pai já era defensor público e no primeiro ano de graduação eu comecei a ter contato com a carreira jurídico. Comecei a estagiar e assim que eu entrei na Defensoria ele se aposentou. Foi amor à primeira vista. Me apaixonei pela defensoria e disse: é isso que eu quero para minha vida. A partir dali eu comecei a focar os meus estudos”, lembra.

Emocionada, a defensora diz que seu pai, que atuou boa parte de sua carreira em Cruzeiro do Sul, foi seu maior exemplo dentro da profissão e expressa o orgulho em carregar seu legado na profissão e vê-lo sendo reconhecido por seu trabalho mesmo após sua morte.

Thais é filha de defensour público e seguiu os passos do pai/ Foto: Cedida

“Meu pai foi um exemplo para mim porque ele sempre foi uma pessoa que buscou e que praticou a profissão que ele exerceu. Aliás, exerceu com muito amor e com muita humildade. Quem conviveu com ele na profissão fala que ele fazia isso muito bem e que tinha amor pelo que fazia. Na infância eu pensava em ser juíza. Apesar de saber que ele era defensor, eu não tinha noção da grande missão que era ser defensora. Então a partir do momento em que eu passei a estagiar é que eu disse não eu não quero mais ser juíza. O meu sonho mesmo é ser defensora, então lutei e busquei realizá-lo”, revela.

Papel do defensor público

A justiça é um dos pilares fundamentais para a existência de uma sociedade democrática, e a Defensoria Pública existe justamente para garantir que todos tenham acesso igualitário ao sistema judiciário, independente de sua condição financeira, ou classe social.

Atuando na profissão há quase 22 anos, a advogada fala sobre o papel do defensor público na garantia do acesso aos direitos daquela parcela da população menos favorecida.

A defensora durante atendimento intinerante à população/ Foto: Defensoria Pública

“Nós fazemos parte do sistema de Justiça e a nossa função maior é dar voz. Levar o poder judiciário às causas daquelas pessoas, que menos são ouvidas na sociedade. Que estão lá e não tem ninguém por elas. Costumo dizer que a Defensoria Pública é assim, a “porta da esperança”. Às vezes eles batem em todas as outras portas, mas é aqui que são ouvidos e que seu clamor é levado ao judiciário para ser ouvido”, ressalta.

Os defensores públicos atuam em diversas áreas do direito, incluindo criminal, civil, família, infância e juventude, e direitos humanos. São profissionais que oferecem assistência jurídica gratuita, representando seus clientes em processos judiciais e extrajudiciais, e trabalham para assegurar que seus direitos sejam respeitados e protegidos.

A Constituição Brasileira garante a toda pessoa o amplo direito à defesa. Em razão disso, quando o cidadão não possui um advogado, é dever do Estado garantir um defensor para que os seus direitos sejam preservados.

PUBLICIDADE