Sem água potável e às margens de rio, indígenas vivem condições sub-humanas no interior

Enquanto os cidadãos urbanos têm acesso a serviços básicos e infraestrutura, os indígenas sofrem com a falta de suporte essencial, evidenciando uma profunda desigualdade social

Nas margens do rio Iaco, em Sena Madureira, dezenas de indígenas enfrentam uma realidade alarmante e precária. Ao deixarem suas terras tradicionais na zona rural, atraídos por benefícios de aposentadoria e pelas tecnologias da cidade, como celulares e televisão, esses indígenas se encontram em condições sub-humanas, sem acesso a recursos básicos.

Foto: ContilNet

Atraídos pela promessa de uma vida melhor, os indígenas acabam expostos a uma série de dificuldades na cidade. Faltam alimentação adequada, água potável, banheiros para as necessidades fisiológicas e, principalmente, abrigos para protegê-los da friagem que atinge a região atualmente. A situação é particularmente crítica nas proximidades da Carnaubeira, em frente à Praça 25 de Setembro, no centro de Sena Madureira, onde muitos indígenas são vistos sobrevivendo em construções improvisadas, conhecidas como taperas.

Essas comunidades vivem à vista das autoridades, mas a resposta institucional ainda é insuficiente. A distância entre a qualidade de vida dos indígenas e os demais moradores da cidade é enorme, quase como se fossem duas nações diferentes. Enquanto os cidadãos urbanos têm acesso a serviços básicos e infraestrutura, os indígenas sofrem com a falta de suporte essencial, evidenciando uma profunda desigualdade social.

A migração dos indígenas para áreas urbanas, em busca de melhores condições de vida, muitas vezes resulta em uma vulnerabilidade ainda maior. Sem a estrutura e apoio necessários, eles enfrentam um dia a dia marcado pela insegurança alimentar e habitacional.

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