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“À beira do desastre”, diz indígena ao mostrar situação de rio seco no interior do Acre

Por Suene Almeida, ContilNet

Haru Kuntanawa, uma das lideranças indígenas da Aldeia kuntamanã, em uma viagem de missão pelo Rio Tejó, na Região do Juruá, pôde averiguar de perto a atual situação do afluente, que já apresente baixo nível preocupante de água.

Haru estava em missão de observação ao território de Kuntanawa/ Foto: Reprodução Instagram

Em uma publicação em sua página no Instagram, Haru Kuntanawa expõe a preocupação com as atuais condições do rio e os prejuízos que as inúmeras aldeias ao longo do afluente podem sofrer pela falta d’água.

“A Amazónia está à beira do desastre, com as secas a transformar o outrora vibrante rio Tejo num fluxo sem vida. Isto não é uma previsão; é a nossa dura realidade. Nós vemos, nós sentimos. Sem o rio Tejo, inúmeras aldeias perderão as suas fontes vitais de água e comida. É hora de agir agora para salvar nosso ambiente e garantir um futuro para nossas comunidades”, diz.

Em uma outra publicação, Haru Kuntanawa expressa preocupação com o baixo nível do rio e revela o temor de que o rio seque totalmente neste ano e enfatiza a falta de um plano de segurança para a situação.

“Numa recente missão de observação ao território de Kuntanawa, regressei profundamente preocupado por encontrar o nosso rio quase seco e assemelhando-se a uma murta seca. Precisamos urgentemente de apoio para proteger a floresta amazônica e seus habitantes. Se nenhuma ação for tomada, enfrentaremos um pesadelo terrível. Temo que o nosso rio seque completamente este ano, e falta-nos um plano de segurança para a nossa comunidade e para outras pessoas na floresta”, ressalta.

 

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