A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 havia sido aprovada no valor de R$ 10.788.871.605,98, no começo deste ano, sendo R$ 7.640.272.352,71 do próprio estado e R$ 3.148.599.253,27 oriundos de outras fontes. Com o mês de junho se encerrando, o ano se aproxima de sua metade, mas quanto do orçamento estipulado em janeiro já foi utilizado?
Através dos dados disponíveis no portal da transparência, é possível ter acesso aos montantes empenhados em cada setor do governo, assim como os valores que já foram pagos até o momento.
Atualmente os setores que tiveram maior investimento de verbas em 2024 por parte da gestão de Cameli foram os encargos especiais, saúde e educação, com R$ 950 milhões, R$ 1.444 bilhão e R$ 1.906 bilhão, respectivamente.
Somadas apenas as três categorias, o investimento total já ultrapassa os R$4.302 bilhões, o que representa pouco mais de 39.87% do valor total estipulado para todos os gastos de 2024.
Já entre os setores que tiveram menores investimentos por parte do governo estadual estão a organização agrária, legislativo e indústria, com R$10.501 milhões, R$1.554 milhão e R$455 mil, respectivamente.
Somadas as categorias tem um investimento de R$12.511 milhões, o que soma um valor equivalente a apenas 0.11% do valor previsto pela LOA de 2024.
Outras pastas que chamam atenção pelos valores empregados são a previdência social e segurança pública, que têm aportes em montantes que superam os R$500 milhões.
A previdência já conta com R$728 milhões assegurados, neste ano, enquanto a segurança pública se aproxima da casa do bilhão, com R$913 milhões empenhados.
Outras quatro categorias de investimentos também ultrapassam os R$100 milhões gastos, que são agricultura, transporte, essenciais à justiça e administração, com valores, na casa dos milhões, respectivos de R$118, R$182, R$277 e R$353.
E para 2025?
Já para o ano que vem, o prospecto é que o valor aprovado no LOA seja de R$11,1 bilhões para serem gastos. A subida representa um acréscimo de 12,27%, que será puxado pelo crescimento do produto interno bruto (PIB),que deve ficar em torno de 2,80%, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,10% e a Taxa de Câmbio do dólar estadunidense, que deverá ter valor médio de R$ 4,98.
Considerando um crescimento distribuído de forma uniforme entre as categorias, o investimento em segurança pública e nos encargos especiais deve superar a casa do bilhão.