Segundo dados do Observatório em Saúde da Sesacre, revelam que nos primeiros 7 dias do mês de junho, não houve registros de casos de síndrome gripal.
Comparado ao mês anterior, por exemplo, o Acre havia confirmado 260 casos da doença. Só na última semana, no final de maio, a Sesacre registrou somente 22 casos.
Mesmo com a redução significativa nos registros da doença no Acre, o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, disse em entrevista ao ContilNet que ainda não é possível considerar que há uma estabilidade na curva de transmissão da doença no estado.
“Não estamos sobrecarregados, mas a procura ainda está aumentada. Mas o pacientes graves estão sendo bem remanejados”, disse.
Em janeiro deste ano, por exemplo, segundo dados do Observatório, o Acre enfrentou uma explosão de casos de síndrome gripal, foram registrados 789 casos. Nos meses seguintes, o número foi recaindo, sendo que em fevereiro foram 118 casos, março (155), abril (214) e maio (260). Boa parte dos casos estão concentrados no município de Cruzeiro de Sul, que lidera as notificações.
Vacinação da gripe no Acre
No ano passado, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha de vacinação da gripe no Acre.
Tradicionalmente ela é realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio. A antecipação fez parte da estratégia de microplanejamento, realizada pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios.
De acordo com o Ministério, com a antecipação, o objetivo era fortalecer e ampliar o acesso à vacinação, respeitando as diversidades regionais, em que a organização e a operacionalização consideram a realidade local, direcionando esforços para o alcance da cobertura vacinal.
Meses depois, em novembro, o Ministério da Saúde iniciou uma nova campanha de vacinação nos estados da região Norte. A campanha encerraria em dezembro, porém, foi prorrogada até fevereiro de 2024.
Com o fim da campanha, o Acre ficou sem estoques de vacinas contra a doença. A coordenadora do Programa Nacional de Imunização no Acre (PNI/AC), Renata Quiles, a previsão é de novas remessas da vacinas só devem chegar em outubro deste ano, com a chegada de uma nova campanha de vacinação.
“Nós tínhamos um estoque em janeiro e fevereiro e o que tinha disponível nesse estoque foi utilizado e as doses remanescentes o Ministério da Saúde recolheu. Ela estava disponível na campanha. Acontece que a população não buscou na época adequada”, disse.