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Acre não registrou casos de síndrome gripal em junho, mas Sesacre não acredita em estabilidade

Por Matheus Mello, ContilNet

Segundo dados do Observatório em Saúde da Sesacre, revelam que nos primeiros 7 dias do mês de junho, não houve registros de casos de síndrome gripal.

Casos fizeram com que unidades de saúde ficassem lotadas em 2024/Foto: Reprodução

Comparado ao mês anterior, por exemplo, o Acre havia confirmado 260 casos da doença. Só na última semana, no final de maio, a Sesacre registrou somente 22 casos.

Mesmo com a redução significativa nos registros da doença no Acre, o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, disse em entrevista ao ContilNet que ainda não é possível considerar que há uma estabilidade na curva de transmissão da doença no estado.

Secretário de Saúde, Pedro Pascoal/Foto: Diego Gurgel/Secom

“Não estamos sobrecarregados, mas a procura ainda está aumentada. Mas o pacientes graves estão sendo bem remanejados”, disse.

Em janeiro deste ano, por exemplo, segundo dados do Observatório, o Acre enfrentou uma explosão de casos de síndrome gripal, foram registrados 789 casos. Nos meses seguintes, o número foi recaindo, sendo que em fevereiro foram 118 casos, março (155), abril (214) e maio (260). Boa parte dos casos estão concentrados no município de Cruzeiro de Sul, que lidera as notificações.

Vacinação da gripe no Acre

No ano passado, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha de vacinação da gripe no Acre.

Tradicionalmente ela é realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio. A antecipação fez parte da estratégia de microplanejamento, realizada pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios.

De acordo com o Ministério, com a antecipação, o objetivo era fortalecer e ampliar o acesso à vacinação, respeitando as diversidades regionais, em que a organização e a operacionalização consideram a realidade local, direcionando esforços para o alcance da cobertura vacinal.

Meses depois, em novembro, o Ministério da Saúde iniciou uma nova campanha de vacinação nos estados da região Norte. A campanha encerraria em dezembro, porém, foi prorrogada até fevereiro de 2024.

Com o fim da campanha, o Acre ficou sem estoques de vacinas contra a doença. A coordenadora do Programa Nacional de Imunização no Acre (PNI/AC), Renata Quiles, a previsão é de novas remessas da vacinas só devem chegar em outubro deste ano, com a chegada de uma nova campanha de vacinação.

Renata Quiles, coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização/Foto: Luan Martins/Sesacre

“Nós tínhamos um estoque em janeiro e fevereiro e o que tinha disponível nesse estoque foi utilizado e as doses remanescentes o Ministério da Saúde recolheu. Ela estava disponível na campanha. Acontece que a população não buscou na época adequada”, disse.

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