São Paulo — Uma das mansões onde morou Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, apresenta sinais de abandono, deterioração causada pelo tempo e destruição provocada por vandalismo.
O imóvel, localizado na Praia de Pernambuco, no Guarujá, litoral sul de São Paulo, foi a penúltima casa onde morou o Rei do Futebol e hoje está sob a responsabilidade do filho, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho. À apuração do G1, o advogado de Edinho, Augusto Miglioli, contrariou as versões de moradores também ouvidos pelo veículo que revelam o abandono da mansão.
Segundo ele, a casa não está abandonada. Além disso, afirmou que mesmo antes da morte de Pelé, o imóvel já tinha sido desocupado e os funcionários, que ali trabalhavam, demitidos.
Já os moradores consultados pela reportagem disseram que as demissões e os sinais de abandono vieram após a morte do Rei. Também citaram que criminosos da região já usaram as árvores ao redor para invadir a mansão e furtar fios de cobre. A casa tinha um transformador de energia próprio, mas hoje está sem luz.
Além da ausência de energia elétrica, um mato alto, que aparenta não ser aparado há meses, esconde parte da fachada da mansão, informou o G1 após frequentar o local. Além disso, os portões estão enferrujados e teias de aranha estão espalhadas pelo imóvel.
Dentro da residência, os sinais de abandono continuam aparecendo. O que um dia já foi um campo de futebol, hoje é difícil de ser reconhecido por conta da altura do mato, assim como no jardim na sala do imóvel. A água da piscina apresenta uma coloração esverdeada e o interior da mansão já não tem os itens pessoais de Pelé.
A casa está sob responsabilidade de Edinho. O processo de inventário foi posto em segredo de justiça após o desembargador Miguel Brandi, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), entender que a ação se tratava de uma “pessoa conhecida e reconhecida mundialmente” e que por isso deveria se restringir aos herdeiros: os sete filhos vivos, dois netos de uma filha falecida e a viúva, Marcia Aoki.