Anitta vai compor samba-enredo da Unidos da Tijuca

O músico Feyjão revelou a parceria com Anitta para a composição do samba-enredo durante participação em um podcast

Abram alas que Anitta vai passar de um jeito diferente na avenida. A cantora será uma das compositoras do samba-enredo da Unidos da Tijuca, escola de samba do Rio de Janeiro.

A informação foi divulgada pelo músico e produtor musical Feyjão durante uma participação no podcast Bulldog Show, de Tuka Carvalho e Allan Lima. “Agora estou escrevendo um samba-enredo com a Anitta. É uma confusão, cara, quando eu vejo eu já estou nesse lugar e falo, ‘cara que loucura, hein?’”, afirmou.

Para o Carnaval de 2025, a escola de samba chega à Marquês de Sapucaí com o tema Logunedé, orixá ao qual Anitta é devota. E foi por causa da espiritualidade que ela se envolveu na composição.

“A Anitta ficou toda envolvida com essa coisa da espiritualidade dela, nos últimos acontecimentos, lançou clipe sobre isso recentemente…”, explicou Feyjão.

Além dos dois, o samba será composto com colaboração de Fred Camacho, que fez o convite para Feyjão, e Estevão, um outro amigo dele também devoto do orixá.

Anitta desabafa sobre intolerância religiosa após ataques

Anitta usou um rede social para abrir o coração após receber diversos ataques por ser uma seguidora do candomblé. A artista divulgou fotos de sua religião no Instagram e perdeu seguidores, mas tudo se intensificou após ela divulgar o clipe de Aceita.

“Compartilhar desinformação, piadas e histórias fictícias da Santeria é racismo religioso. Os iorubás, orixás, seus ensinamentos e seu povo merecem respeito como qualquer outra religião. Como todos os outros que estão presentes no meu vídeo”, começou a artista na legenda de uma foto.

Ela contou ainda que muitas pessoas que conhece sofrem com a intolerância religiosa. “Quantos amigos me ligaram em particular quando postei meu vídeo para dizer que essa é a fé deles, mas não têm coragem de ensinar sua religião por causa do que as pessoas inventam. E eu não entendi, mas agora vejo o nível de preconceito de muita gente.”

A cantora explicou ainda que “o iorubá vem da cultura africana e tem como principal característica exaltar a natureza (e não ‘fazer rituais para amarrar o namorado’)” e que as pessoas saberiam mais sobre o assunto com uma simples pesquisa na Internet.

Além disso, citou as raízes de matriz africana e lembrou como muitas pessoas foram escravizadas porque seguiam essa fé. Algumas sendo torturadas e mortas. “Quer dizer… matar e torturar pode… rezar aos orixás, não”, alfinetou a artista.

Ela pontuou que ainda existe muito preconceito e que as pessoas que seguem a mesma fé sofrem de diferentes formas. “Hoje menos, mas ainda sofrem ataques em seus templos e ofensas nas ruas. Acredito em Deus, Jesus, orixás e outros. E na minha vida pratico muito mais seus ensinamentos do que pessoas que humilham os outros nas redes sociais”, finalizou Anitta.

Saiba como começou a trajetória de Anitta no Candomblé

A história de Anitta com o Candomblé, retratada no clipe Aceita, que será lançado nesta terça-feira (14/5), é antiga. Em julho de 2013, há mais de 10 anos, três meses depois do estouro com o Show das Poderosas, ela esteve no terreiro do pai de santo Sérgio Pina, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para agradecer o sucesso alcançado. Porém, ela teve contato com a religião desde a infância. A informação é do jornal Extra.

Em 2020, no X (antigo Twitter), Anitta contou um pouco mais sobre sua história com a religião de matriz africana. A cantora conheceu a religião por influência do pai, Mauro, ainda na infância.”Foi passando de pai para filho por anos e anos, lá em Minas Gerais ainda”, explicou a artista. A mãe, Miriam, apresentou o catolicismo para ela.

“Sempre frequentei os dois até me identificar mais com o Candomblé e seguir me dedicando o quanto posso dentro da minha rotina. Mas tenho curiosidade, respeito e admiração por todas as religiões e gostaria que todos também tivessem com a minha”, pediu à época.

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