A Associação das Travestis e Transexuais do Acre (ATTRAC) emitiu uma nota nesta terça-feira (18), em apoio a Gentil Guimel Luz, mulher trans e irmã do vereador João Marcos Luz (PL), líder do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, na Câmara Municipal.
João Marcos é propositor do projeto de lei que proíbe a participação de crianças e adolescentes na Parada LGBTQIAP+. Segundo o vereador, a proposta visa proteger os menores de um ambiente considerado “inapropriado para sua faixa etária”.
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Na nota, a ATTRAC diz que a família de Luz demonstra não aceitar Guimel ao apoiar o projeto de lei apresentado pelo vereador.
“Agora entendemos o porquê de um projeto querer impedir que famílias LGBT levem seus filhos a parada e de que jovens lgbt possam exercer sua cidadania acompanhados de seus responsáveis. A família Luz demonstra não aceitar uma pessoa da própria família e quer impor seu jeito de funcionar a toda a sociedade, o que além de inconstitucional é cruel”, disse a nota.
Contudo, nas redes sociais de Guimel, em março deste ano, a artista publicou uma foto ao lado do irmão vereador, agradecendo João Marcos pelo apoio, suporte e generosidade em cuidar dela.
“Ele é o caçula de três irmãos, sempre fomos unidos, mas eu como irmão mas velho sempre disse a ele o que talvez nunca alguém tivesse coragem, até porque ele é muito reservado quanto a sua vida particular. Graças a ele realizei sonhos de conhecer cidades gravar meu primeiro cd. Ele foi o homem mas importante na minha vida depois do meu pai que me colocou no mundo”, escreveu Guimel.
“Ele será sempre lembrando pela sua generosidade em cuidar de mim.. Essa foto revela muito do quanto nossa relação era sem preconceito algum, me sentia aceito e amado por ele”, completou.
Veja a nota íntegra da ATTRAC:
A associação das travestis e transexuais do acre vem prestar solidariedade a Gentil Guimel Luz, artista que canta e encanta o mundo com sua luz e talento. Gentil tem como irmão o vereador João Marcos Luz, que quer culpabilizar o movimento LGBT ao proibir que menores de idade possam participar da parada lgbt que ocorre todo ano em rio branco. Agora entendemos o porquê de um projeto querer impedir que famílias LGBT levem seus filhos a parada e de que jovens lgbt possam exercer sua cidadania acompanhados de seus responsáveis. A família Luz demonstra não aceitar uma pessoa da própria família e quer impor seu jeito de funcionar a toda a sociedade, o que além de inconstitucional é cruel.
Toda nossa solidariedade a Gentil, que leva no nome o afeto e humanidade que explícita querer receber do mundo. Nos empatizamos como todo processo de anulação do ser humano e reconhecemos os efeitos que esses processos causam na vida de pessoas LGBT.
Em comentário feito na publicação, a irmã de João Marcos se manifestou publicamente: