Em fevereiro de 2024, Brasiléia enfrentou a maior enchente já registrada na história do município quando o Rio Acre ultrapassou a marca de 15,55 metros. Após quatro meses, com a chegada da seca, que as previsões apontam para uma mais severa do que em 2023, o manancial está com menos de 2 metros nesta semana.
Segundo a medição da Defesa Civil de Brasiléia, o Rio Acre amanheceu com a régua medindo 1,10m. Com um nível tão baixo, o manancial em Brasiléia aparece como um dos pontos de monitoramento em alerta máximo no Monitoramento Hidrometeorológico da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
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Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, capitão Sandro, o Plano Municipal de Contingência para o período de enfrentamento à estiagem está pronto para execução e foi encaminhado para a Defesa Civil Estadual.
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“Nós sabíamos que a seca ia ser mais severa do que ano passado e houveram muitas localidades próximas, na zona rural, onde foi relatado que as fontes secaram. Os ribeirinhos já reclamaram bastante, a gente esteve lá, deu uma olhada e se preparou para dar esse suporte, principalmente em questão de água potável e alimentação”, disse.
De acordo com o coodernador do órgão, muitos produtores rurais perderam suas produções no último ano e a Defesa Civil de Brasiléia já está trabalhando para dar apoio a zona rural.
Capitão Sandro disse ainda que as consequências das secas estão no desabastecimento, a perda das produções e a falta de água. Em breve, o Plano de Contingência deve começar a ser executado.
Enchente histórica
A cidade de Brasiléia ficou devastada após a vazante do Rio Acre, com diversas casas, comércios e prédios públicos destruídos. Pelo menos 13 bairros foram atingidos pelas águas do manancial e deixou mais de 1500 pessoas desabrigadas e mais de 1.200 desalojadas, afetando mais de 15 mil pessoas. Com a cheia do rio, a ponte que liga Epitaciolândia e Brasiléia precisou ser interditada.
O município de Brasiléia recebeu a visita da comitiva do governo federal, composta pelos Ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva.
Os ministros foram acompanhados do governador do estado do Acre – Gladson Cameli, bancada de senadores, Alan Rick, Sérgio Petecão, deputados Estaduais Tadeu Hassem e Luiz Gonzaga, deputada Federal Antônia Lúcia, além de autoridades civis e militares.
Na época, os representantes do governo federal foram prestar assistência e anunciar medidas de apoio à população afetada pela enchente do Rio Acre, que desabrigou milhares de famílias no município.