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Dívida com mansão pode levar Lexa e MC Guimê à prisão, diz colunista

Por Metrópoles

A dívida de mais de R$ 5 milhões por conta de uma mansão em Alphaville, São Paulo, onde moraram quando eram casados, podem levar Lexa e MC Guimê à prisão. O ex-casal enfrenta uma batalha judicial contra a dona do imóvel, que acusa os dois cantores de ocultando bens para não quitarem o débito.

Segundo a Venenosa Fabíola Reipert, a defesa da empresária que negociou com os artistas pediu bloqueio dos cachês e dos passaportes deles, e a penhora de uma casa comprada por Lexa no Rio de Janeiro após a separação.

Instagram/Reprodução

“MUito embora tenhamos lutado muito no processo para que possamos receber os valores. Já pedimos o bloqueio de passaporte, a constrição da carteira de habilitação e dos valores que recebem através dos trabalhos e, mesmo assim, estamos tendo dificuldades em receber porque nada se encontra em nome dos devedores”, detalhou a advogada da autora, Jaqueline Fernandes.

A especialista relatou os próximos passos na ação: “Então, diante disso, a gente tomou uma decisão de partir para a esfera criminal. Já tenho o protocolo desse pedido de reconhecimento de fraude a execução. Fraudar a execução é prevista a pena de seis meses a 2 anos”, contou.

Mesmo separados, Lexa e Guimê são os devedores no processo porque, na ocasião, eles eram casados em comunhão total de bens. De acordo com a denúncia, o ex-casal comprou a mansão, deu uma entrada e parcelou o restante, mas nunca pagaram as parcelas. Na ocasião, eles foram despejados e a dona acusa a dupla de entregar o local destruído. Eita!

Lexa teve bens penhorados

O recurso de Lexa para que seus bens não sejam penhorados pela Justiça para quitar uma dívida do marido, MC Guimê, foi negada, em setembro do ano passado. Segundo o jornal Extra, o juiz Bruno Paes Straforini afirmou que “cada um dos cônjuges ainda possui responsabilidade perante os credores do outro”, já que se casaram em comunhão universal de bens.

A decisão, à qual a publicação teve acesso, é referente ao processo aberto contra o cantor após ele comprar um imóvel de luxo em Alphaville, em São Paulo, em 2016, e não conseguiu efetuar todas as parcelas do pagamento.

A mansão adquirida pelo ex-BBB valia, na ocasião, R$ 2,2 milhões, e ele deixou de pagar R$ 777 mil. Após os proprietários ajuizarem uma ação contra o artista, ele foi condenado a pagar R$ 421 mil por honorários advocatícios e as correções sobre o valor devido. Sete anos depois, a dívida é estimada hoje em mais de R$ 5 milhões.

A Justiça determinou que, além da dívida, Lexa arque “com as custas, despesas e honorários advocatícios, no importe de 10% do valor da causa”. Em decorrência à derrota judicial, ainda de segundo o Extra, a cantora pode ter 30% de seus rendimentos mensais — da quantia que ganha com a reprodução de suas músicas em plataformas digitais — para o pagamento.

O casal chegou a justificar que quando a negociação da mansão foi feita eles ainda não eram casados, mas a justificativa não foi aceita pelo juiz. A dupla também tentou alegar que, no meio de todo o imbróglio, houve um divórcio. Porém, os papéís foram assinados no ano passado, mas não houve partilha dos bens. Por isso, foi determinado que os dois continuam responsáveis pelos problemas um do outro.

MC Guimê teve seus saldos bancários bloqueados e os bens penhorados pela Justiça de São Paulo, incluindo prêmios e cachês adquiridos ao longo de sua participação no BBB 23. Em sua defesa, o cantor alegou que não terminou de pagar pela casa, pois não recebeu nas condições combinadas.

“Sonho que se tornou pesadelo”, desabafou Guimê

MC Guimê precisou voltar às redes sociais, no final de abril, para falar sobre um assunto complicado: um processo que vem enfrentando na Justiça por conta de tentativa de compra de uma mansão em Alphaville, São Paulo. Em seu Instagram, o cantor contou o que aconteceu, disse que saiu de lá por conta própria e afirmou que não vai mais falar sobre o assunto.

“Vim falar de um assunto extremamente desgastante pra mim, que já me fez passar por diversas situações desagradáveis (…). Vou ler um texto que eu fiz, com as minhas palavras, pra que eu não perca a sequência do raciocínio e consiga pontuar tudo aquilo que eu acho necessário no momento. É uma longa história e, pra ser breve e objetivo, vou começar do início”, afirmou ele.

E seguiu com seu relato: “Um sonho que se tornou um pesadelo. No final de 2015, resolvi comprar um imóvel, com uma agenda cheia de shows e compromissos, não tinha tempo pra ficar acompanhando todos os passos da negociação e, na época, também, confiava essas tarefas a algumas pessoas que já não fazem mais parte do meu ciclo de amizade e trabalho”.

Em seguida, Guimê falou sobre o contrato: “Sendo assim, apenas confiando nestas pessoas, assinei um contrato muito ruim e não fazia ideia dos problemas que isso poderia me trazer e trouxe. De início, foi combinado um pagamento para que eu pudesse entrar na casa, paguei, mas não entrei. Comecei a perceber que tinha algo de errado”.

E continuou: “Quando achei que as coisas seriam resolvidas, fui avisado sobre uma outra pessoa que era considerada proprietário legal da casa, que eu haveria de pagá-la também, com urgência, senão perderia os bens e valores que já tinha dado. Traduzindo: eu tava pagando a casa para uma pessoa, achando que era um único dono, quando, de surpresa, me apareceu outro dono, que tinha provas de que era dono. Vocês conseguem entender?”, questionou.

Guimê, então, detalhou o prejuízo que teve logo depois: “Fiz um acordo com essa pessoa, realizei os pagamentos que me custaram mais de um milhão de reais. E continuei cumprindo os meus deveres pra conseguir ter o imóvel ou, pelo menos, não perder tudo que tinha investido. Porque, nesse meio tempo, já tava perdendo bastante. E não falo só de finanças e bens materiais, mas também de tempo e paz”, disparou.

Na sequência, o cantor rebateu que tinha sido intimado a deixar o local: “Infelizmente, em uma extensa briga judicial, as coisas foram piorando e só causando mais tormento, tristeza e arrependimento de ter entrado nessa. Em 2021, decidi sair do móvel para seguir nova vida, em novo lar, enquanto o processo ia se resolvendo na Justiça. Vale lembrar que ninguém foi despejado e quando tiveram a decisão de retomada de posse do imóvel já não havia ninguém morando mais lá”.

E finalizou: “Eu não gostaria mais de falar nesse assunto aqui, nem gostaria de ter falado. Porém, fizeram questão de expor enquanto eu estava confinado sem poder responder. Então já deixo claro aqui que, daqui pra frente, o desenrolar dessa história cabe a mim, aos meus advogados e à Justiça”, declarou.

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