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Égua é sacrificada após quebrar pata durante transporte de carga

Por Metrópoles

O sofrimento de uma égua com a pata quebrada sensibilizou moradores do Guará, no sábado (15/06). A população tentou socorrer o animal, mas o carroceiro, suposto dono animal, teria dificultado o resgate. A Secretaria de Agricultura (Seagri) foi chamada, recolheu a égua, mas ela precisou ser sacrificada como forma de minimizar seu sofrimento, segundo a pasta local.

Veja:

Metrópoles entrevistou uma testemunha, mas, por segurança, a identidade da fonte será preservada. A égua estaria presa por uma corda na Avenida do Contorno, perto da estação do Metrô-DF. Comovidas, as pessoas tentaram ajudar. Um carroceiro que se dizia dono do animal estava presente disse que a égua estava em sofrimento após sofrer uma queda ao transportar carga.

No DF, a Lei nº 5.756, de 2016, proíbe a circulação de carroças. O suposto dono do animal chamou outros carroceiros e o grupo teria começado a hostilizar e ameaçar a população. Testemunhas chamaram a Polícia Militar (PMDF). Mesmo diante da confusão, em um gesto de caridade, uma família com crianças levou comida e água para o animal.

Instantes depois, uma equipe da Seagri chegou ao local. No entanto, o caminhão enviado ao local não era adequado. O veículo era pequeno e tinha uma escada muito íngreme. Com a pata quebrada, a égua não conseguiu subir no veículo. Sem forças e ferida, tombou.

Após muito esforço, a égua foi colocada no veículo e levada para a sede da Seagri. Após uma avaliação, os veterinários entenderam que seria preciso fazer uma eutanásia para minimizar o sofrimento dela.

O caso está sendo investigado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará).

Material cedido ao Metrópoles

O que diz a Seagri

Em nota, a Seagri lamentou profundamente o incidente. Segundo o órgão, o animal foi recolhido e levado para o HVeT-UNB, onde foi realizada eutanásia para cessar seu sofrimento. Em média, a secretaria apreende 23 animais por mês. Os animais são conduzidos para o curral do pasta.

“O órgão reitera que possui competência para apreender animais soltos em vias públicas, conduzindo-os ao curral para triagem e adoção, mas não resgata animais caídos ou com membros fraturados, pois essa situação exige avaliação de maus tratos pelo Ibram (Instituto Brasília Ambiental). A Seagri prestou apoio logístico, mas destaca a necessidade de acionamento do Ibram para casos de animais em estado crítico, visando cessar o sofrimento e responsabilizar os tutores envolvidos em atos de crueldade”, argumentou a Seagri.

A Seagri reforçou que tem a competência de apreender animais soltos em vias e logradouros públicos. Em tese, o animal é laçado e conduzido, andando por suas próprias patas, ao caminhão com rampa de acesso. Em seguida é lavado para o curral da pasta onde passará por triagem e exames para doenças de notificação obrigatória e aguardará por até 30 dias a manifestação de seu proprietário para restituição. Após este prazo, é destinado para a fila de adoção, por meio do programa Adote um Animal.

“Os animais que estão caídos, com membros fraturados ou debilitados, ao ponto de não conseguirem caminhar por si só à rampa de acesso do caminhão, devem passar por avaliação de maus tratos pelo Ibram, conforme art 8° da Lei Nº 5.756, De 14 De Dezembro De 2016, o que foge da alçada desta pasta.

Apoio logístico

“A Seagri dá apoio logístico aos órgãos do GDF que realizam apreensões de animais desse porte e espécie em situações de maus tratos. Contudo, esse apoio se limita ao transporte e ao albergamento. As demais medidas pertinentes e equipamentos e materiais necessários à ação de apreensão de animais em situação de maus tratos são da responsabilidade do Ibram, que deve acionar a Seagri para apoio. Ainda assim, fizemos o possível para prestar o socorro, por ver o sofrimento do animal”, completou.

Segundo a PMDF, uma viatura compareceu ao local do acidente, interditou o trânsito para que os servidores da Seagri, que já estavam no local, colocassem o animal ferido no veículo de acomodação, para ser transportado e receber os primeiros socorros.

“A corporação ressalta que não é de sua competência autuar os tutores dos animais. A PMDF atua nos casos em que haja flagrante do crime de maus tratos”, justificou.

Metrópoles entrou em contato com o Ibram sobre o caso. O espaço segue

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