ContilNet Notícias

Em Cobija, políticos e sindicalistas vão às ruas contra tentativa de golpe na Bolívia

Por Resley Saab, ContilNet

As situações anormais na Bolívia, com uma tentativa de golpe militar em andamento, mobilizam senadores, deputados e sindicalistas do Departamento de Pando – o equivalente a estado –, cuja capital Cobija faz fronteira com as cidades acreanas de Epitaciolândia e Brasileia (distantes 240 quilômetros de Rio Branco).

Na tarde desta quarta-feira (26), centenas de representantes de entidades sindicais e políticos se reuniram no Parque Urbano Piñata, uma ampla área aberta no centro da capital pandina, para manifestar repúdio à tentativa de tomada do poder em La Paz, com a deposição do presidente Luis Alberto Arce, do partido Movimento ao Socialismo, por militares das forças armadas do país.

O ContilNet teve acesso às imagens da emissora TVU Pando, de Cobija, que fez uma transmissão ao vivo. Seguindo a uma convocação do próprio presidente Luis Arce, a Central Obreira Departamental (COD), uma espécie de Central Única dos Trabalhadores em Pando, anunciou a mobilização de camponeses contra o que entendem como um ‘atentado à democracia’.

Pontes fechadas entre Brasil e Bolívia: tensão na fronteira preocupa famílias de estudantes brasileiros/Foto: TVU Pando

“Faremos movimentos de guerrilha se for preciso, para evitar que tenhamos mais uma vez uma violação das urnas. Da vontade popular”, afirmou Joaquin Mercado, representando a COD.

Um senador, cujo nome não foi identificado por meio de legenda na da TVU Pando, exortou os bolivianos residentes na fronteira com o Brasil a se irmanar numa grande manifestação contra que classificou de “um desacato ao povo boliviano e as suas instituições”.

Representantes sindicais e políticos protestam contra tentativa de golpe em La Paz/Foto: TVU Pando

“Nunca mais vamos permitir que mortes, sofrimentos e prisões de autoridades, legitimamente, constituídas pelo povo boliviano voltem a acontecer perpetrados por fascistas”, vociferou o parlamentar. “A unidade das organizações têm que prevalecer”, completou Martina Terraza, outra líder sindical.

Sair da versão mobile