São Paulo — O empresário Dadie Barbosa Alves, de 39 anos, matou a esposa com pelo menos 17 facadas, na noite dessa quarta-feira (19/6), em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo. Ele foi em flagrante por feminicídio.
A prisão ocorreu no apartamento onde o casal morava, minutos após Carla de Oliveira Vieira, 29, ser levada às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Fazendinha, onde morreu (assista abaixo).
Guardas civis municipais que prenderam o empresário afirmaram, em depoimento à Polícia Civil, que Dadie confessou o crime. O Metrópoles apurou que ele é um dos proprietários de um restaurante de comida japonesa, na zona norte da capital paulista.
“Matei ela. Fui traído, por isso matei”, teria afirmado o empresário, enquanto era algemado.
Irmão caçula de Carla, o administrador Kaic Vieira, 25, afirmou em depoimento residir junto com o casal, no mesmo apartamento onde houve o crime. Ele disse ter ouvido a irmã e o cunhado discutindo no quarto. Após alguns minutos, percebeu que o bate-boca havia “evoluído para agressões”.
Facadas no peito e costas
Kaic, então, abriu a porta do quarto do casal. Nesse instante, disse ter testemunhado o cunhado em cima da irmã, entre o guarda-roupas e a cama, dando facadas no peito dela. Ele conteve Dadie e conseguiu levar Carla até a cozinha.
“De repente, Dadie surgiu novamente e desferiu mais três golpes de faca nas costas de Carla”.
A vítima desmaiou e Kaic gritou por socorro. Ele ficou com uma das mãos ferida, com um corte, ao tentar defender a irmã.
Registro em vídeo
Uma câmera de monitoramento registrou Dadie com a faca usada no crime, próximo a um elevador do prédio. Ele guarda a arma na cintura e se retira, abrindo uma porta que dá acesso às escadas do edifício.
Minutos depois, o mesmo equipamento captou imagens de GCMs carregando Carla, ainda viva, em um lençol. Ela foi encaminhada para a UPA do bairro, onde não resistiu.
Dadie foi conduzido no mesmo elevador, algemado, após ser preso em flagrante pelo feminicídio.
Um socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) afirmou ter identificado ao menos 17 perfurações no corpo da vítima.
Filha e silêncio
Dadie foi encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barueri. No distrito, ele afirmou que estava casado com Carla há 9 anos. Ambos tiveram uma filha, atualmente com 4 anos de idade.
Ele se negou a prestar depoimento sobre o crime, acrescentando que iria se manifestar somente à Justiça.
O Metrópoles não localizou a defesa dele. O espaço segue aberto para manifestação.