No Acre, engenheiro se torna vendedor de cactos e conquista a maior diversidade da região Norte

Marcos Nogueira chega a ganhar uma média de 6 mil reais com o comércio de plantas

Marcos Nogueira, de 32 anos, se descreve como um “acreano de coração”. Nascido no interior de Rondônia, no município de Jaru. Formado em engenharia civil, ele sempre teve uma paixão por plantas, de início, com a vida corrida, preferia plantas que exigiam menos cuidados diários – como os cactos. Até que, a coleção cresceu e começou a buscar plantas que estavam fora do mercado local.

Marcos Nogueira se denomina como “acreano de coração”/Foto: Cedida

Neste domingo (23), o ContilNet conversa com o engenheiro civil sobre sua jornada no mundo das plantas e como se especializou na venda de plantas exóticas, principalmente os cactos, ao ponto de atingir a maior diversidade de cactos em uma loja da região Norte – chegando a mais de 450 espécies.

“Na minha adolescência, eu estudei em colégio agrícola e cultivava, por exemplo, maracujá, plantas mais comerciais. Então, eu comecei a estudar como era. Só que eu queria cultivar algumas plantas que davam menos trabalho para o manuseio do dia a dia”, conta o entrevistado sobre seu início de carreira.

Dificuldades

Como a rotina era corrida,ele tinha tempo de cultivar algumas plantinhas apenas. Mas de coleção em coleção, ele começou a ir atrás de outros mercados, porque já tinha, segundo ele, todas as espécies comercializadas no Acre. 

O nome da lojinha online de Marcos é “Pé de Espinho” – referência aos cactos, hoje chamariz de seu ponto de vendas/Foto: Reprodução

Até que, em um momento de dificuldade financeira e em um êmbolo na sua faculdade, ele percebeu algo:

“Enquanto passava por uma dificuldade financeira, eu não conseguia me manter só estudando. Quando via algumas mudinhas das plantas, que iam crescendo e se multiplicando, eu dava de presente nos aniversários de amigos. Outros amigos também começaram a me procurar, até que vi uma possibilidade de comercializar essas plantas, que eu gostava e já tinha”, disse.

Início das vendas

Ele começou a comercializar as plantas em 2018, ainda na faculdade de Engenharia Civil, querendo manter as contas pagas e sair do emprego formal.

Ele também conta sobre a quantidade expressiva de espécies de cactos, que possui/Foto: Cedida

“Com isso, consegui concluir a faculdade, adaptar meu tempo e atender às demandas. Inicialmente, vendia muito por atacado, mas depois comecei a vender no varejo, tudo isso através da internet”, detalha.

Pé de Espinho

O nome da lojinha online de Marcos é “Pé de Espinho” – referência aos cactos, hoje chamariz de seu ponto de vendas. Ele ainda faz alguns projetos de engenharia, porém, sua renda principal é o comércio de plantas. Ele chega a obter R$6 mil reais por mês em média.

“A venda aqui no estado é menor, pois a gente coleciona plantas mais valiosas e raras, então eu vendo pela internet. Tenho mais de 400 mil inscritos no Brasil, alguns clientes na Bolívia e no Peru”, detalha.

Pé de Espinho possui a maior diversidade de cactos da região Norte/Foto: Cedida

Ele também conta sobre a quantidade expressiva de espécies de cactos, que possui. Principalmente, depois de receber o título de “maior diversidade de cactos” nas comunidades de cultivo e fórum de colecionadores:

“Tenho mais de 450 espécies e variedades diferentes de cactos. No norte do país é a maior a coleção em número de espécies. Em número de plantas, tem o Sarita em Parintins que tem mais, ele tem mais espaço [risadas]”, fala.

A venda é pelas redes sociais, como Instagram, WhatsApp e Facebook. Ele publica os álbuns de fotos, com preço, no primeiro ou último sábado do mês, às 19h no horário de Brasília

Para os interessados, o número de telefone é (68) 98101-2866. Nas redes sociais, é @pedesepinho.

Veja galeria de fotos do catálogo de cactos de Marcos Nogueira:

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