Em Brasília, durante reunião com o ministro das Cidades, Jader Filho, o governador Gladson Cameli entregou Plano Emergencial de Enfrentamento às Enchentes.
O documento contém uma série de propostas e pedidos de apoio ao governo federal para a implantação de medidas que visam a redução das mudanças climáticas registradas no Acre com cada vez mais frequência e intensidade.
Entre os pedidos, Gladson pediu, em caráter emergencial, a destinação de 500 unidades residenciais do Programa Minha Casa, Minha Vida – Rural para famílias indígenas atingidas pelas últimas cheias no Acre.
O governador ainda solicitou R$ 91,9 milhões para a implantação de projetos de adaptação das estações de captação e tratamento de água resilientes aos alagamentos em sete cidades do interior.
“O que estamos fazendo aqui é um grande esforço do Estado, dos nossos parlamentares e do governo federal para encontrarmos soluções definitivas para este grande desafio que o Acre tem enfrentado. Precisamos de medidas concretas para evitar o sofrimento da população e os grandes prejuízos causados pelas enchentes”, disse Gladson.
Seriamente afetados
De acordo com o InfoAmazônia, pelo menos 93 comunidades indígenas sofreram com as enchentes dos rios acreanos, perdendo, principalmente, suas plantações, principal meio de sobrevivência.
Com a devastação, plantios de mandioca, milho, cacau e café foram destruídas e as comunidades indígenas, que dependem desses produtos para sobreviver, ficaram ainda mais vulneráveis. A água levou também galinhas, porcos e bois criados nessas comunidades.
Um fator agravantes das comunidades indígenas, além das enchentes, é o isolamento, que dificulta a chegada de ajuda.
Preocupante
Em uma força tarefa comandada pela Secretaria Especial de Povos Indígenas, o governo do Estado correu para coordenar ações de socorro à essa população após as enchentes.
Uma reportagem especial do site Correio Braziliense mostra como o governo do Acre se mobilizou para entregar cestas básicas nas comunidades mais isoladas do estado. Foram utilizados barcos e helicópteros para chegar com urgência.
Ao jornal, a secretária dos Povos Indígenas, Francisca Arara, disse que sem a assistência necessária do governo, o Acre poderia enfrentar uma situação parecida com a do povo Ianomami, de Roraima, que foi vitimada pela desnutrição.