Se o senso comum prega que estreias são sempre difíceis e nervosas, o retrospecto indica que o Brasil não sofre desse problema quando se trata de Copa América. Prestes a iniciar sua 37ª edição da competição – contra a Costa Rica, nesta segunda-feira, às 22h (de Brasília), na Califórnia -, a Seleção perdeu apenas sete vezes (apenas duas no Século XXI) e já fez da Costa Rica, adversária de segunda-feira, em Los Angeles, uma de suas vítimas.
Com 24 vitórias, cinco empates e sete derrotas, os brasileiros costumam se dar bem nas aberturas da Copa América e venceram nas duas últimas edições pelo mesmo placar: 3 a 0. Em ambas as disputas no Brasil, o time de Tite despachou a Bolívia quando foi campeão em 2019, com gols de Coutinho (2) e Everton Cebolinha, e a Venezuela em 2021, com Marquinhos, Neymar e Gabigol anotando.
O encontro com a Costa Rica também foi em ano que a Seleção ergueu o troféu. Comandado por Zagallo no banco de reservas e a dupla Ronaldo e Romário em campo, o Brasil fez 5 a 0 nos costarriquenhos em 1997, na Bolívia. O Fenômeno (2), o Baixinho, Djalminha e González contra fizeram os gols.
As estreias marcam também goleadas históricas do Brasil na Copa América. Jogando em casa e novamente campeão, o time comandado por Zizinho e Jair Rosa Pinto fez 9 a 1 sobre o Equador em 1949. Quatro anos depois, a mesma geração bateu a Bolívia por 8 a 1.
“Agora está valendo de verdade. Agora bate aquela ansiedade de estreia. Um adversário que a gente sabe que vai ser difícil. Esses adversários sul-americanos sempre nos põem muita dificuldade. E já está todo mundo ansioso”
“Todo mundo queria que o jogo já fosse hoje. Mas bom também que dá mais tempo para gente treinar, mais tempo para gente evoluir. Está todo mundo muito ansioso. Vai ser um jogo muito difícil e a gente tá preparado – disse Rodrygo, ao ser questionado sobre a expectativa para a estreia.”
México e Argentina são os maiores algozes do Brasil em aberturas de Copa América, com destaque para os mexicanos que foram responsáveis pelas únicas duas derrotas no Século XXI. Em 2001, na Colômbia, 1 a 0 na fatídica campanha que terminou com eliminação para Honduras, e em 2007, por 2 a 0, na trajetória sob o comando de Dunga que culminou com o título e 3 a 0 sobre a Argentina na final.
As derrotas para os hermanos aconteceram ainda na época em que a competição era batizada de Campeonato Sul-Americano e disputada na era do amadorismo: 4 x 2 em 1917 e 1 x 0 em 1921. Paraguai (1923), Chile (1956) e Bolívia (1979) foram os outros países que conseguiram a façanha.
Para manter o ótimo retrospecto, o Brasil encara a Costa Rica, segunda-feira, às 22h (de Brasília), no SoFi Stadium, na Califórnia, pela primeira rodada do Grupo D da Copa América. Colômbia e Paraguai completam a chave.