Antes de matar o vigilante Marcos César dos Santos com um tiro na cabeça e cometer suicídio em Cubatão, litoral sul de São Paulo, Valdik Paiva Barreto, de 54 anos, escreveu uma carta afirmando que a motivação do crime seria o fato de sua esposa estar tendo um caso com Marcos.
Na carta, escrita à mão, ele chama o vigilante de “talarico” e diz que ele acabou com sua felicidade. O papel está com a Polícia Civil.
“Bom dia. Termina minha felicidade por causa deste talarico safado e esta traidora. Mi traindo com ele depois deste trabalho que ela arrumou… Só desavença e traisão. Não poso falar nada qui vem com pedra na mão. Já peguei varias ligação e mensagem. Eu tenho as mensagem, vou mandar. Ela mudou comigo demas depos deste trabalho. So anda toda arrumada quando vai trabalhar. Mi traindo com ele e so mandando eu sair de casa. Mas chegou sua hora talarico. Ela vai pagar. Com ele não me trai mais”, diz Valdik.
Na manhã dessa quinta-feira (13/6), ele foi até o prédio de Marcos, deu um tiro na cabeça dele e voltou para casa. Lá, teria agredido a esposa e se trancado no quarto. Tempo depois, se jogou pela janela e morreu. Ele morava no sexto andar do prédio.
Arma do crime
Além da carta, a perícia encontrou no apartamento do suspeito a arma utilizada no crime, uma espingarda calibre 28.
Marcos trabalhava junto com a mulher de Valdik no Fórum de Cubatão. A mulher foi ouvida pela Polícia Civil nessa quinta-feira (13/6) no 1º Distrito Policial da cidade. Não há informações sobre o teor do depoimento.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como homicídio, suicídio e violência doméstica.