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Junina Pega-Pega fala sobre estreia no Circuito Junino e planos para sede própria

Por Douglas Richer, ContilNet

A coluna de Douglas Richer, do site ContilNet, teve a oportunidade de conversar com a Junina Pega-Pega, um dos destaques da 1ª etapa do Circuito Junino de Rio Branco. O evento, realizado nos dias 13, 14, 15 e 16 de junho na Praça da Revolução, contou com a participação de várias quadrilhas que trouxeram brilho e emoção ao público presente.

Durante a entrevista, o grupo discutiu sua estreia, os desafios enfrentados, as inovações que incorporaram em suas apresentações e seus planos futuros.

Foto: Isabel Nascimento

A segunda etapa do Circuito Junino, marcada para os dias 21, 22 e 23 de junho no Quadrilhódromo, promete agitar ainda mais a capital. Nesta fase, serão anunciados os campeões do evento, criando grande expectativa entre as quadrilhas participantes e o público.

Douglas Richer: Como foi a estreia da quadrilha na 1ª Etapa do Circuito Junino de Rio Branco?

Junina Pega-Pega: A estreia é sempre um misto de emoções, mas podemos dizer que foi uma experiência extraordinária. Independentemente de ser um brincante antigo ou novato, cada apresentação é única e carregada de significados. A energia do público, a vibração das músicas e a união entre os brincantes criam momentos inesquecíveis e fazem com que cada apresentação do espetáculo seja única e especial. Além disso, este é um ano atípico para todos nós, pois perdemos uma referência para o grupo, que foi a nossa Rainha Helem Sandra.

Douglas Richer: Quais foram os pontos altos da participação de vocês no circuito?

Junina Pega-Pega: Um dos pontos altos da nossa participação no circuito foi a apresentação com duas quadrilhas juninas no tablado: uma tradicional e outra estilizada. A quadrilha tradicional mostrou como eram as juninas de antigamente, enquanto a quadrilha estilizada trouxe brilho, coreografias sincronizadas e um figurino impecável, representando o São João atual.

Douglas Richer: Houve alguma inovação ou elemento novo que vocês decidiram incorporar nas apresentações deste ano?

Junina Pega-Pega: Sim, neste ano decidimos inovar incorporando elementos novos nas apresentações. Em vez de apresentar o casamento completo seguido pela dança, criamos um espetáculo integrado onde o teatro e a dança se misturam. Essa mudança trouxe uma dinâmica única ao espetáculo, unindo a narrativa do casamento com as coreografias de forma contínua e envolvente. Além disso, adaptamos efeitos especiais sincronizados com a música e momentos importantes da apresentação, o que elevou a experiência visual e emocional do público. Foi um desafio, mas o resultado foi um espetáculo completo e inesquecível.

Foto: Fernando Menezes

Douglas Richer: Como vocês lidaram com a pressão e o nervosismo antes das apresentações?

Junina Pega-Pega: Somos uma família. Temos os estresses pré-apresentações, o que é normal, mas como temos um único objetivo, que é viver o São João, no final sempre dá certo. Antes de cada apresentação nos unimos em oração e desejamos energias positivas.

Douglas Richer: Há quanto tempo a quadrilha existe e como ela foi formada?

Junina Pega-Pega: A Junina Pega-Pega foi fundada em 1º de maio de 1996, inicialmente com o nome “Pega-Pega na Periquita”. Em 2004, passou a se chamar Quadrilha Pega-Pega e, posteriormente, Junina Pega-Pega. No início, a quadrilha era formada por alunos da escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, e funcionava como uma extensão da antiga Quadrilha Fogo na Periquita, servindo como uma escolinha preparatória para que as crianças que ali dançavam pudessem ingressar na quadrilha adulta (Fogo na Periquita).

No entanto, a Pega-Pega cresceu e, em 1999, participou do seu primeiro concurso, o Festival de Quadrilhas do SESC, marcando o ponto de partida para o que somos hoje. O que antes era uma quadrilha de crianças e adolescentes, hoje é composta por jovens e adultos, desde estudantes do ensino fundamental até profissionais com doutorado. Atualmente, a junina possui cerca de 150 pessoas atuando diretamente, incluindo brincantes, coordenação administrativa, equipe de apoio, produção, cenografia, figurino, comunicação, efeitos especiais e outros.

Foto: Fernando Menezes

Douglas Richer: Quais são os planos da quadrilha para os próximos anos?

Junina Pega-Pega: Nossa Junina tem 28 anos de história e sempre buscamos o crescimento do grupo para ser uma referência no estado. Hoje, nosso trabalho vai além de dançar quadrilha; é voltado para a comunidade. Para concretizar esse objetivo, trabalhamos através do Instituto Junina Pega-Pega, criado pela nossa quadrilha, que desenvolve ações visando a promoção da cultura e da diversidade na comunidade.

Nosso maior objetivo é ser uma referência não apenas na nossa comunidade e no nosso estado, mas também, futuramente, a nível nacional, por meio dos nossos espetáculos, que além da inclusão social, buscam o fortalecimento da cultura junina.

Douglas Richer: Há algum sonho ou objetivo específico que vocês esperam alcançar?

Junina Pega-Pega: Hoje, com o nosso Instituto Junina Pega-Pega já trabalhando em projetos voltados para a comunidade, nosso maior sonho é ter uma sede própria. Queremos um Centro Cultural de referência em nossa comunidade, que possa levar cultura para crianças e adolescentes. Atualmente, temos um espaço junino construído pela prefeitura em 2014 para os ensaios da quadrilha. No entanto, nosso objetivo maior é construir nosso próprio Centro Cultural para desenvolver atividades culturais que vão além da cultura junina.

Vejas  a galeria de fotos com os cliques de Fernando Menezes e Isabel Nascimento:

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