Luciano Huck cita jovem estuprada pelo pai e condena PL do Aborto

O apresentador Luciano Huck criticou o PL nº 1904/24, conhecido como PL do Aborto, que equipara a prática ao crime de homicídio

Luciano Huck abriu um espaço no Domingão deste 16 de junho para falar sobre o Projeto de Lei (PL) nº 1904/24, que equipara o aborto ao crime de homicídio, o chamado PL do Aborto. O apresentador da TV Globo criticou a iniciativa do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e usou um caso recente de estupro para condenar o projeto.

Fábio Vieira/Metrópoles

“Essa semana que passou, comecei a ler, na quinta e na sexta-feira, que a Câmara dos Deputados estava avaliando um projeto de lei que equipara a pena do crime de aborto ao crime de homicídio. Esse projeto cria uma situação tão absurda, sabe, que independentemente da sua posição política, das suas convicções morais, das suas convicções religiosas, eu queria só dizer que isso me causa profunda indignação”, começou o apresentador.

Ele então citou um comentário feito pela jornalista da Globo News Daniela Lima sobre o PL. “Ela apontou muito bem o que significa na vida real, no dia a dia, longe da Câmara dos Deputados, longe dos tribunais, o que significa se a lei passar desse jeito”, elogiou Huck antes de citar um caso recente de violência sexual.

“Semana passada, [teve] esse caso assombroso de um pai, teoricamente um pai, que foi preso essa semana depois de ser flagrado cometendo um crime de abuso sexual contra a própria filha, de 17 anos, que estava internada em uma UTI. Só para trazer para a realidade, esse projeto que está sendo votado na Câmara dos Deputados, este homem pode pegar uma pena menor do que a filha que foi estuprada, do que a vítima, porque se ela vier a interromper a gravidez depois de 22 semanas, seja por demora na Justiça, seja por qualquer outro impecilho que uma vítima de abuso enfrenta hoje para ter acesso ao aborto legal, inverte os papéis. A pena dela vai ser maior que a dele, não faz o menor sentido.”

Luciano reforçou ainda que é uma questão de lógica, e que “criança não é mãe”. “É muito cruel obrigar uma vítima de estupro a levar a cabo, até o final, uma gravidez”, enfatizou. No posicionamento, ele pontuou ainda que o projeto de lei é “cruel com as mulheres do país”.

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