O presidente Lula convocou auxiliares para uma reunião de emergência no final da tarde desta quarta-feira (26/6), no Palácio do Planalto, para discutir uma reação do Brasil à tentativa de golpe militar na Bolívia.
Participam da reunião com o petista o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o ex-chanceler Celso Amorim, atual chefe da assessoria internacional da Presidência.
Mais cedo, o atual presidente boliviano, Luiz Arce, denunciou nas redes sociais “movimentações irregulares” do Exército. A tentativa de golpe foi confirmada pelo general Juan José Zúñiga em entrevista à imprensa local.
Neste momento, militares do Exército boliviano tomam a Praça Murillo, no centro da capital La Paz. É nessa praça onde está localizado o Palácio Quemado, uma das sedes do governo da Bolívia.
Lula pede informações
Antes da reunião de emergência no Planalto, Lula afirmou à imprensa que tinha pedido para o chanceler Mauro Vieira entrar em contato com autoridades da Bolívia para checar o que está acontencendo no país vizinho.
“Pedi para o ministro Mauro ligar para a Bolívia, ligar para o presidente, ligar para o embaixador brasileiro para a gente ter certeza, para a gente poder ter uma posição. Como sou um amante da democracia, eu quero que a democracia prevaleça na América Latina. Golpe nunca deu certo”, afirmou o petista à imprensa durante visita a uma exposição de ônibus escolares do Programa Caminho da Escola-Novo PAC.
Viagem de Lula à Bolívia é incerta
Lula, como revelou a coluna, pretendia fazer uma visita à cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, no dia 9 de julho. Após a tensão no país, auxiliares do petista dizem que a viagem pode não ocorrer.