Após projeções iniciais, o partido de extrema direita União Nacional (RN) saiu no topo com 31,5% dos votos, mais que o dobro da participação do Renascimento, que ficou em segundo lugar em 15,2% dos votos, logo à frente dos socialistas, em terceiro com 14,3% dos votos.
Em um discurso de comemoração após a publicação da pesquisa, o líder do RN, Jordan Bardella, pediu a Macron que dissolvesse o parlamento francês, chamando a diferença entre os dois partidos de uma “desaprovação contundente” para o presidente.
“Essa derrota sem precedentes para o atual governo marca o fim de um ciclo e o Dia 1 da era pós-Macron”, disse Bardella a uma audiência estridente na sede do RN.
Dentro de uma hora, Macron fez um discurso nacional, anunciando que dissolveria a câmara baixa francesa e realizaria eleições legislativas. O primeiro turno será realizado em 30 de junho, com um segundo turno em 7 de julho, disse Macron.
“Decidi devolver a vocês a escolha do seu futuro parlamentar por meio do voto. Portanto, estou dissolvendo a Assembleia Nacional esta noite”, disse Macron no anúncio surpreendente.
“Esta decisão é séria, pesada. Mas é, acima de tudo, um ato de confiança. Confiança em vocês, meus caros compatriotas. Na capacidade do povo francês de tomar a decisão mais justa”, acrescentou o presidente francês.
No sistema francês, as eleições parlamentares são realizadas para eleger os 577 membros da câmara baixa, a Assembleia Nacional. Eleições separadas são realizadas para escolher o presidente do país, que não estão agendadas novamente até 2027.
Nas últimas eleições legislativas realizadas em 2022, a coalizão Ensemble, incluindo o partido Renascimento de Macron, não conseguiu uma maioria geral e teve que buscar ajuda em outro lugar.