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Maio foi o 12º mês seguido mais quente da história: “Momento de crise”

Por Metrópoles

Usuários aproveitam dia de sol no Parque Augusta, em São Paulo - 24.ago.2023 - Zanone Fraissat/Folhapress

Maio de 2024 foi o mais quente já registrado no planeta, de acordo com o Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S). A temperatura média registrada foi de 0,65°C acima da média dos últimos 29 anos.

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Com isso, maio foi o 12º mês consecutivo com aumento de temperatura igual ou superior a 1,5°C , que é a meta do Acordo de Paris.

Para o diretor da C3S, Carlo Buontempo, esse é um registro chocante, mas não surpreendente. “Por mais que esse recorde de 12 meses seja eventualmente interrompido, a assinatura global das alterações climáticas permanecerá e não há sinal em vista de uma mudança nessa tendência”, comentou.

Na última semana de maio, o subúrbio de Mungeshpur, em Nova Déli, na Índia, registrou uma temperatura recorde de 52,3°C. As autoridades locais emitiram um alerta vermelho de saúde por conta de uma “probabilidade muito elevada de desenvolver doenças relacionadas com o calor e insolação em todas as idades”.

As autoridades de Nova Déli alertaram para o risco de escassez de água e cortes em seu fornecimento já ocorreram em alguns lugares.

No estado de Tabasco, no México, o calor causou a morte de, pelo menos, 83 macacos. Na região a temperatura passou dos 50ºC.

Segundo o biólogo Gilberto Pozo, os macacos bugios apresentavam sinais de desidratação severa e caiam de árvores “como maçãs”. Também no México, ao menos 26 pessoas morreram por causa do calor extremo.

“Nosso planeta está tentando nos dizer algo, mas parece que não estamos ouvindo. Estamos quebrando recordes de temperatura global e colhendo o que plantamos. Estamos em um momento de crise. Agora é a hora de mobilizar, agir e entregar”, afirma o Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres.

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