Cunhado do delegado Rivaldo Barbosa, Roberto Amorim enviou uma carta a Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, pedindo que a ministra da Igualdade Racial cobre à Polícia Federal que não encerre as investigações sobre o assassinato. Rivaldo Barbosa é apontado pela PF como o “mentor intelectual” do crime e está preso desde março deste ano.
Amorim escreveu na carta que o delegado é inocente e que vem pedindo, desde sua prisão, para ser ouvido pela Polícia Federal. Na última segunda-feira (27/5), o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, determinou que a PF ouça Rivaldo.
A carta reitera a tese de defesa do delegado, de que ele nunca se encontrou com os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, que foram presos com Rivaldo em março. “O único encontro foi no avião a caminho de Brasília [quando foram presos]”, disse o cunhado a Anielle.
A Polícia Federal revelou que Rivaldo foi vizinho de Chiquinho Brazão por três meses, em um condomínio na Barra da Tijuca. A análise das quebras de dados dos celulares dos irmãos Brazão e de Rivaldo, entretanto, não revela qualquer contato entre os três.
O cunhado de Rivaldo ressaltou na carta esses pontos e pediu que Anielle Franco não aceite o fim da investigação “apenas com a delação de Ronnie Lessa”.
A coluna perguntou à ministra se ela gostaria de comentar o conteúdo da carta enviada a ela, mas não houve qualquer resposta até a publicação desta reportagem. O espaço continua aberto para eventuais manifestações.