Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (14), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, se posicionou sobre o Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples.
A proposta penaliza inclusive, o aborto realizado nos casos de gravidez resultante de estupro.
VEJA TAMBÉM: Três deputados da bancada federal do Acre já declaram apoio ao PL que equipara aborto a homicídio
A ministra, que é evangélica, reafirmou ser contra o aborto, mas fez críticas ao projeto.
“Eu, pessoalmente, sou contra o aborto, mas eu acho que é uma atitude altamente desrespeitosa e desumana com as mulheres achar que o estuprador deve ter uma pena menor do que a mulher que foi estuprada e que não teve condição de ter acesso de forma dentro do tempo para fazer uso da lei que lhe assegura o direito ao aborto legal”, disse a ministra.
Marina pontuou ainda que alguns parlamentares estão fazendo uma “instrumentalização” de um tema “complexo” e “muito delicado” na sociedade brasileira.
Ela é um dos poucos membros do alto escalão do governo Lula a se posicionar sobre o tema. Nesta semana, o presidente chegou a dizer que o projeto não é uma questão do governo.