Mestre do ChatGPT: 7 dicas para dominar a IA e ter as melhores respostas

Estratégias incluem perguntas e comandos detalhados, palavras-chave, limitação de respostas e uso da versão GPT-4; confira técnicas para extrair o melhor do bot da OpenAI

Com o avanço da inteligência artificial (IA), chatbots como o ChatGPT estão se tornando cada vez mais capazes de responder a perguntas complexas e atender a diversas demandas. No entanto, para obter resultados ainda melhores e evitar erros e imprecisões, os usuários precisam seguir algumas boas práticas. Apresentar comandos detalhados e específicos, por exemplo, é uma maneira eficaz de direcionar a IA a fornecer respostas mais precisas e relevantes. Além disso, a escolha de palavras-chave relacionadas ao tópico pesquisado ajuda a obter retornos mais assertivos, reduzindo ambiguidades e orientando a IA a fornecer informações úteis.

Outra estratégia importante é definir limites claros para as respostas, excluindo dados desnecessários e garantindo que o feedback recebido esteja alinhado aos objetivos e expectativas do usuário. Ainda é possível recorrer à versão mais avançada da ferramenta, disponível gratuitamente de forma limitada ou com recursos extras na versão paga, capaz de gerar conteúdos mais inteligentes. A seguir, confira sete dicas para obter respostas mais relevantes e úteis do ChatGPT.

Lista reúne dicas para conseguir as melhores respostas do ChatGPT; confira — Foto: Pexels

Lista reúne dicas para conseguir as melhores respostas do ChatGPT; confira — Foto: Pexels

O ChatGPT pode fornecer respostas erradas?

Assim como outros chatbots de inteligência artificial (IA), o ChatGPT pode cometer erros, apresentar propostas imprecisas e reproduzir preconceitos. Essas ferramentas podem até “inventar” informações, falha conhecida como “alucinação”, que ocorre quando os chatbots criam dados ou geram informações incorretas simplesmente para não deixar o usuário sem resposta.

Como a versão gratuita ilimitada do ChatGPT está restrita às bases de dados com as quais foi treinada, ela apresenta limitações e pode gerar feedacks imprecisos e desatualizados. E mesmo os modelos que fazem pesquisas na web se baseiam em conteúdos de origem humana e, por isso, podem acabar reproduzindo preconceitos e discriminações, além de informações falsas. Outros fatores que podem gerar respostas ruins são falhas de programação e comandos ou perguntas confusos. Veja a lista a seguir com dicas para dominar a inteligência artificial.

  1. Seja específico
  2. Use palavras-chave relevantes
  3. Defina limites às respostas
  4. Peça mais informações
  5. Diga onde pretende usar as informações
  6. Explique o que não funcionou em respostas anteriores
  7. Use o ChatGPT pago (se puder)

1. Seja específico

Quanto mais precisos forem os comandos ou as perguntas apresentados ao ChatGPT, melhores e mais adequadas serão as respostas geradas pela plataforma. Para evitar feedbacks irrelevantes ou genéricos, é importante contextualizar o assunto abordado e fornecer detalhes do que se está buscando.

Perguntas não detalhadas ao ChatGPT podem gerar respostas genéricas — Foto: Reprodução/Júllia Silveira

Perguntas não detalhadas ao ChatGPT podem gerar respostas genéricas — Foto: Reprodução/Júllia Silveira

Em vez de perguntar, por exemplo, como melhorar seu computador pessoal, o usuário pode pedir que o chatbot indique as melhores opções de upgrade para um laptop específico, informando sua marca e especificações técnicas. Dessa forma, a IA consegue entender melhor as demandas e fornecer uma resposta mais detalhada. Realizamos um teste com sugestões do próprio ChatGPT para identificar os diferentes feedbacks apresentados para prompts mais ou menos detalhados.

Em um exemplo sugerido pelo próprio ChatGPT, é possível identificar a mudança de respostas para comandos mais específicos — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

Em um exemplo sugerido pelo próprio ChatGPT, é possível identificar a mudança de respostas para comandos mais específicos — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

2. Use palavras-chave relevantes

ChatGPT demonstra como utilizar palavras-chaves para criar comandos mais assertivos — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

ChatGPT demonstra como utilizar palavras-chaves para criar comandos mais assertivos — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

Para garantir que o ChatGPT compreenda corretamente as perguntas e forneça respostas úteis, é importante utilizar palavras-chave relevantes. Termos ou frases específicas, ligadas ao tema buscado, podem ser úteis para detalhar quais informações devem ser apresentadas. Utilizar expressões relacionadas aos aspectos específicos do tópico ajuda a reduzir a ambiguidade do feedback, fornecendo um direcionamento da pesquisa desejada. Além disso, a medida torna a interação com a IA mais eficiente e produtiva, maximizando o potencial da ferramenta. O próprio ChatGPT apresenta exemplos de como criar comandos temáticos mais adequados.

3. Defina limites às respostas

Usuário pode definir limites e dados a serem excluídos dos resultados gerados pelo ChatGPT — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

Usuário pode definir limites e dados a serem excluídos dos resultados gerados pelo ChatGPT — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

Para obter respostas mais precisas e relevantes do ChatGPT, é fundamental não apenas especificar o que se quer saber, mas também indicar o que não é relevante para a análise. Embora a IA generativa seja capaz de atender às demandas dos usuários com eficiência, não é possível antecipar ou adivinhar quais dados devem ser excluídos. Ao planejar uma viagem, por exemplo, é possível detalhar preferências, mas também destacar passeios e lugares desinteressantes ou restaurantes que devam ser evitados por restrições alimentares. Ao estabelecer esses limites para o chatbot, é possível refinar os resultados, garantindo feedbacks que sejam pertinentes às necessidades e preferências do usuário e evitando informações indesejadas ou irrelevantes.

4. Peça mais informações

ChatGPT admite possibilidade de erros, imprecisões e reprodução de preconceitos — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

ChatGPT admite possibilidade de erros, imprecisões e reprodução de preconceitos — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

Apesar dos avanços significativos na inteligência artificial e das melhorias implementadas nas últimas atualizações do ChatGPT, a ferramenta ainda pode apresentar erros e inconsistências. Diante das limitações inerentes à IA, como a propensão a imprecisões e preconceitos, por exemplo, é importante manter uma postura crítica em relação às suas respostas e buscar informações adicionais para verificar fatos ou aprofundar a compreensão dos temas pesquisados.

Fazer perguntas adicionais ao ChatGPT para que a plataforma se corrija ou apresente mais dados, por exemplo, é uma forma de evitar equívocos ou informações incompletas. Além disso, o próprio chatbot sugere buscar informações geradas de fontes confiáveis, como sites de notícias reconhecidos ou artigos científicos. O bot ainda sugere utilizar o conhecimento prévio sobre o tema na interação com a ferramenta, manter a sensibilidade ao contexto abordado e “adotar um ceticismo saudável ao avaliar as respostas” para diminuir imprecisões ou erros.

5. Diga onde pretende usar as informações

Repostas do ChatGPT podem se adaptar aos objetivos e aplicações do conteúdo — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

Repostas do ChatGPT podem se adaptar aos objetivos e aplicações do conteúdo — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

Outra maneira de obter resultados mais adequados do ChatGPT é informar à plataforma como pretende utilizar as informações geradas pelo chatbot. Ao considerar o contexto e a finalidade do conteúdo, a IA poderá apresentar respostas mais relevantes e adaptadas aos objetivos da pesquisa. Ao planejar uma postagem para as redes sociais, por exemplo, é possível optar por textos concisos e atraentes. Isso pode incluir respostas curtas, frases impactantes ou até mesmo hashtags relevantes que complementem o tema.

Já para criadores de conteúdo profissional no LinkedIn, é mais apropriado empregar respostas mais extensas, detalhadas e formais. Nesse contexto, o feedback da IA pode ser utilizado para fornecer análises aprofundadas, discutir tendências de um setor ou oferecer conselhos especializados. Ao indicar à plataforma onde as informações serão aplicadas, é possível adaptar os resultados de forma mais eficaz.

6. Explique o que não funcionou em respostas anteriores

À medida que o usuário interage com o ChatGPT, é possível identificar de forma mais clara quais abordagens resultaram em respostas mais eficazes para alcançar os objetivos desejados e quais não foram tão bem-sucedidas em interações anteriores. Certos tipos de perguntas podem gerar respostas mais precisas do que outros, gerando uma percepção mais clara sobre as dinâmica da conversa. A partir dessas observações, é possível fornecer feedback à plataforma sobre o que não funcionou em experiências passadas, contribuindo para aprimorar futuras interações.

Além disso, ao tentar executar tarefas específicas, como obter orientações sobre um novo hobby ou ajustar uma rotina de estudos ou exercícios físicos, a discussão sobre quais informações não foram úteis anteriormente ajudar a aprimorar a eficácia das respostas do ChatGPT.

7. Use o ChatGPT pago

O GPT-4 é versão paga do ChatGPT. A modalidade é mais inteligente e aceita instruções em áudio, faz análises de dados, gera gráficos, lembra de interações anteriores e faz pesquisas na Internet, custando US$ 20 (cerca de R$ 100, na cotação atual). No entanto, existem softwares gratuitos que já contam com a integração do GPT-4.

Modelo GPT-4, o mais avançado da OpenAI, pode ser usado com restrições de graça ou com recursos extras no modo pago — Foto: Reprodução/Getty Images

Modelo GPT-4, o mais avançado da OpenAI, pode ser usado com restrições de graça ou com recursos extras no modo pago — Foto: Reprodução/Getty Images

Serviços como o site Perplexity.ai e o Bing Chat da Microsoft, por exemplo, são algumas alternativas para quem não pode quer pagar pelo chatbot da OpenAI. Outra alternativa é a ferramenta Open Playground Nat.dev (nat.dev), que permite experimentar diversos modelos de linguagem de IA, inclusive o GPT-4, sem restrições. Há ainda o Hugging Face (huggingface.co), plataforma de código aberto voltado para o aprendizado de máquina e desenvolvimento de tecnologias de IA. Usuários ainda podem recorrer ao Merlin, uma extensão do navegador Chrome que conta com 12 plug-ins do ChatGPT integrados e permite realizar três perguntas gratuitas ao GPT-4 por dia.

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