Mulher assassinada pelo marido cuidava da mãe momentos antes do crime; criança também foi morta

O suspeito também assassinou o neto da vítima, Enzo Gabriel, de 6 anos

No município de Feijó, no interior do Acre, foi registrado um duplo homicídio no último domingo (9). Maria das Graças Carneiro Araújo, de 57 anos, foi morta a facadas pelo companheiro, que também matou o neto da vítima, Enzo Gabriel Araújo, de 6 anos.

Segundo o g1 Acre, antes de ser morta, Maria das Graças estava cuidando da mãe doente quando recebeu uma mensagem do suspeito, identificado como Deleon Gomes Carnaúba, de 37 anos, com quem se relacionava há pouco mais de um ano.

De acordo com informações, no texto, o homem disse que tinha alguém tentando matá-lo e pediu para a mulher voltar para casa.

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Maria das Graças foi assassinada a facadas neste domingo (6) em Feijó, no interior do Acre/Foto: Arquivo pessoal

Para o g1, uma sobrinha da vítima, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que Maria das Graças recebeu a mensagem do suspeito durante a madrugada, pegou o neto e o genro e foi encontrar com o marido no Projeto Envira, na zona rural de Feijó, no interior do Acre.

Ao chegar na casa, a vítima entrou com o neto e o genro ficou esperando do lado de fora da residência. A sobrinha de Maria das Graças disse ainda que o suspeito do crime era muito ciumento.

A criança, neta de Maria das Graças, era criada pela avó enquanto a mãe cumpre pena na prisão, de acordo com a família.

Entenda

A Polícia Militar informou que o homem, após ter feito o feminicídio contra sua esposa, saiu de canoa tendo o neto da vítima refém.  A polícia chegou até o local, onde teria avistado o homem que colocou a criança como escudo. O acusado, então, teria esfaqueado a criança de seis anos de idade e a polícia teve que efetuar disparos contra ele, matando o agressor.

“Quando os policiais militares chegaram e verificaram que Deleon estava em um barco descendo o rio com a criança em seu colo e com uma faca no pescoço dela. Os policiais militares tentaram convencê-lo a não praticar nenhum mal contra a criança; entretanto, ele começou a desferir facadas na criança”, detalhou o oficial.

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Nesse momento, os policiais atiraram em legítima defesa, matando o agressor. Contudo, após verificação, foi constatado que, por conta das facadas, o menino também foi assassinado.

O delegado Ximenes afirma também que a situação se tratava de um surto psicótico por conta do uso de entorpecentes.

“Quando eu penso que não, ele sai com a faca no pescoço no menino. Nós pelejamos, pelajamos para ele deixar o menino em paz, pra ele não matar o menino. ‘Desliga o motor, ninguém quer te matar, deixa o menino, por favor, não’. Aí, ele disse: ‘não vou matar o moleque, não’”, afirma relato de moradora que ganhou as redes sociais sobre o caso.

Ela continua afirmando que, “deu um ataque de fúria, ele começou a furar o menino todinho. Ele furou o menino, deu um monte de facada no menino. Foi horrível, parecia cena de filme de terror. Quando ele começou a furar o menino, os policiais pegaram e começaram a atirar, deram muito tiro para poder acertar ele”.

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