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Número de mortes de crianças de 0 a 4 anos mais que dobrou no Acre, aponta Atlas da Violência

Por Tião Maia, ContilNet

A violência que grassa a sociedade brasileira, no Acre não poupa nem os bebês de até 4 anos de idade. É o que revela dados do Atlas da Violência 2024, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Os anos com maiores índices foram 2013, 2014, 2015 e 2017, com dois homicídios cada/Foto: Reprodução

De acordo com os dados, o número de homicídios entre bebês entre 0 e 4 anos praticamente dobrou. Em dez anos, de 2012 e 2022, segundo o levantamento, 14 bebês de até 4 anos de idade foram mortos de maneira violenta no estado, saindo de um caso em 2012 para dois casos em 2022. Além deste, os anos com maiores índices foram 2013, 2014, 2015 e 2017, com dois homicídios cada.

Os números colocaram o Acre com uma taxa de letalidade entre bebês em 2,4 homicídios a cada 100 mil habitantes. A taxa é maior do que a média do país, que foi de 1 homicídio de bebê a cada 100 mil habitantes.

No Acre, o ano menos perigoso da série de uma década estudada foi o de 2012, quando foram registradas seis crianças vítimas de homicídio no levantamento. A taxa proporcional foi de 0,6 a cada 100 mil habitantes. Na comparação com o ano mais violento da série, 2017, a queda é ainda mais drástica: entre aquele ano e 2022, foram 93% de homicídios a menos entre crianças.

O que diz a Sejusp?

Sobre a violência, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) destacou, por meio de nota, que dispõe de um plano estratégico de atuação integrada, que envolve todas as forças de segurança, a Força Nacional, a Polícia Federal e a Rodoviária Federal. Esse plano inclui ainda ações em todos os municípios de fronteiras, com operações integradas das polícias Militar e Civil.

“Também temos a Operação Protetor das Divisas e Fronteiras, que é uma cooperação com o governo federal. Isso traz um reflexo para as ações, como constatamos com a redução no número de homicídios nos últimos anos”, diz a nota, sem fazer referência às mortes de bebês.

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