O Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, inclusive no casos de gravidez resultante de estupro, virou pauta na sessão da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), desta terça-feira (18).
No plenário, o deputado Adailton Cruz (PSB), que é enfermeiro de carreira e presidente o Conselho Regional de Enfermagem no Acre, disse ser contra o PL e criticou a aprovação da urgência do projeto.
“Esse projeto deveria pelo menos passar em todas as comissões. Deveria ainda fazer um debate público amplo, ouvir a sociedade e aqueles que mais precisam”, disse.
Deixando claro ser contra o aborto, Adailton declarou que também é contrário à penalizar a vítima.
“Conceder uma pena de 20 anos a uma jovem que foi estuprada e que não teve acesso ao serviço para ter o aborto até as 22 semanas, é um crime maior ainda para uma população tão sofrida”, declarou.
Adailton aproveitou para lembrar que no Acre, não há um local específico para a realização do aborto legal ou terapêutico.
“Independente de ideologia, sou contra esse projeto e vou acompanhar de perto como a bancada federal do Acre como serão seus posicionamentos”, completou.