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Policiais do Bope envolvidos na morte de criança de 11 anos vão a júri popular após pedido do MPAC

Por Maria Fernanda Arival, ContilNet

Os policiais envolvidos na morte de uma criança de 11 anos durante uma ação criminal serão julgados no Tribunal do Júri após o Ministério Público do Acre (MPAC) recorrer.

A decisão favorável foi obtida por meio da 10º Promotoria de Justiça Criminal. O caso foi registrado em maio de 2018, no bairro Preventório, em Rio Branco e envolve integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Sede do Ministério Público do Acre/Foto: Juan Diaz/ContilNet

De acordo com a denúncia, durante uma ação policial, foram efetuados disparos que mataram a menina, um homem, além de ferir outras duas pessoas. O homem que estava sendo procurado também foi morto.

Segundo o MPAC, o juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco havia classificado a ação dos policiais para homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e teria ainda, absolvido sumariamente alguns deles, sob a alegação de legítima defesa.

Após essa decisão, o MPAC interpôs recurso de apelação por considerar que as evidências eram suficientes para que todos os envolvidos fossem julgados pelo crime de homicídio qualificado e lesão corporal grave.

Relembre

No dia 15 de maio de 2018, Edmilson Sales, de 38 anos, foi morto a tiros durante uma operação do Bope no bairro Preventório. Além dele, Maria Cauane da Silva, de 11 anos, e Gleito Silva Borges, de 36, também acabaram mortos na ação.

Na época, o Bope informou que teve acesso a um vídeo onde criminosos exibiam armas de grosso calibre e cantavam músicas de ostentação. A versão da polícia é de que um grupo criminoso tentou retomar a área após ser dominada por uma facção rival e alegou que houve troca tiros. Já a família afirmou que os policiais chegaram atirando.

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