Prefeitura deve antecipar decreto de emergência por conta da seca, diz Defesa Civil

Rio Acre deve continuar baixando e atual marca já é preocupante, diz tenente-coronel Cláudio Falcão

Os efeitos da seca do Rio Acre já estão sendo sentidos em diversos aspectos pelos rio-branquenses. Nesta sexta-feira, 21 de junho, o manancial amanheceu com 1,88 metros, bem abaixo da média para o período, assim como diversos outros pontos de monitoramento na Bacia do Rio Acre que estão em alerta máximo, segundo os dados do Monitoramento Hidrometeorológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). 

Em entrevista ao ContilNet, o diretor de Administração de Desastres da Defesa Civil, o tenente-coronel Cláudio Falcão, informou que até o final do mês de junho a Prefeitura de Rio Branco deve decretar estado de emergência por conta da seca do Rio Acre.

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Rio Acre está abaixo dos 2 metros em junho de 2024/Foto: Juan Diaz/ContilNet

“O decreto de emergência deve sair agora no final de junho, porque nós já estamos com muitas consequências, então na semana que vem, com certeza, a gente vai providenciar esse decreto”, explicou.

Questionado sobre a previsão para os próximos dias com relação ao Rio Acre, Falcão afirmou que o nível das águas deve continuar baixando e que a atual marca já é preocupante.

“O rio vai continuar baixando, já estamos em decréscimo total. Já estamos com uma marca bem preocupante para esse período e a tendência é que ele, ao longo dos meses, fique mais baixo ainda”, explicou.

Com o rio abaixo dos 2 metros, o manancial fica intrafegável, com pouca possibilidade de navegação. Falcão disse ainda que com isso as ondas de calor mais altas aumentam, bem como as queimadas, trazendo prejuízos à saúde. “Vamos ter problemas de saúde, vamos mexer na economia rural, pois vai prejudicar as produções, além de uma série de situações, como também o desabastecimento de água em Rio Branco. A previsão é que vamos passar por uma situação complicada nos próximos meses”, disse o gestor.

Ondas de calor

Com o baixo nível do Rio Acre, as ondas de calor também aumentam e trazem consequências, principalmente na saúde, para a população. Além disso, a seca também dificulta o acesso à água potável em diversos bairros e comunidades rurais.

A Defesa Civil de Rio Branco deu início na última terça-feira (18) ao plano de contingência em razão da escassez hídrica devido à seca extrema. Dos mais de 200 bairros, cerca de 115 estão ameaçados de ficar sem água na capital.

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De acordo com o diretor de administração de Desastres da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, a decisão de antecipar o plano de contingência se deu em razão dos 23 dias sem chuvas significativas na capital.

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