Projeto de Erika Hilton busca mudanças na lei para que mulheres condenadas tenham redução de pena

Beneficiadas seriam presas que prestam serviços domésticos ou de cuidados com idosos e deficientes; projeto ainda precisa passar pela CCJ para ir à plenário

Está em tramitação no Congresso Nacional Projeto de Lei propondo alteração na Lei de Execução Penal (LEP) para permitir que o trabalho doméstico e o de cuidados com idosos ou deficientes sejam contabilizados para reduzir o tempo de cumprimento de pena de mulheres condenadas. O texto está em análise na Câmara dos Deputados.

A autora da proposta, deputada Erika Hilton (Psol-SP), argumenta que o conceito de trabalho hoje é muitas vezes restritivo/Foto: Reprodução

A lei atual já assegura ao condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto o direito à redução de pena por trabalho ou estudo nas seguintes proporções: 1 dia de pena a cada 3 dias de trabalho; e 1 dia de pena a cada 12 horas de frequência escolar. 

A autora da proposta, deputada Erika Hilton (Psol-SP), argumenta que o conceito de trabalho hoje é muitas vezes restritivo, deixando de considerar atividades desenvolvidas predominantemente por mulheres no ambiente doméstico.

“O sistema judiciário costuma levar em conta apenas empregos formais, que são aqueles com carteira de trabalho, enquanto as atividades informais, particularmente as exercidas pelas mulheres, não são levadas em consideração para a redução das penas”, observa. 

Deputada Erik Hilton/Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

“O reconhecimento do serviço doméstico como forma de trabalho válido para redução de pena representa passo importante na valorização de atividades laborais não remuneradas, especialmente aquelas realizadas por mulheres”, acrescenta a parlamentar.

O texto estabelece, de forma presumida, 8 horas diárias de trabalho doméstico para fins de redução da pena. O projeto será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário da Câmara, informa a Agência de Notícias da Câmara dos Deputados.

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