17 de junho de 2024

Rompimento do PT com bloco do PSD no Senado pode prejudicar o senador Petecão

Único senador do Acre a apoiar o presidente Lula abertamente, ele tem trânsito nos ministérios e na presidência; se houver de fato o rompimento, a boa relação acabaria prejudicada

Interlocutor privilegiado do governo neste terceiro mandato do presidente Luiz no Inácio Lula da Silva na condição de antigo aliado do petismo na extinta Frente Popular do Acre, o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) pode vir a ser um dos mais prejudicados caso se confirme o rompimento do PT com o PSD no bloco de sustentação do Governo no Senado Federal. Senadores petistas, citados pelo site Metrópoles, de Brasília, sob o sigilo de seus nomes, estariam anunciando que o rompimento seria por disputa por cargos na estrutura do Senado.

O que também ocorre nos bastidores de Brasília é um profundo descontentamento do petismo com o PSD, face ao fato de o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, ser secretário de Estado do Governo Tarcísio de Freitas, em São Paulo. Pragmático, Kassab, que foi ministro e homem de confiança do petismo no passado, vem se perfilando cada vez mais ao lado do bolsonarismo.

Senador do Acre, Sérgio Petecão/Foto: Juan Diaz/ContilNet

O PT trabalha com a hipótese de ter que enfrentar o governador Tarcísio de Freitas, representando a Direita e o bolsonarismo, numa eventual disputa pela presidência da República em 2026. Com Kassab cada vez mais perto do bolsonarismo, é cada vez mais do dificilil manter seu Partido perto do Governo, já que o presidente Lula se mostra disposto a disputar à reeleição.

São essas conjunturas que podem sobrar para o acreano Petecão, até aqui um parlamentar poderoso e com acesso aos ministérios e até à presidência, no Palácio do Planalto. Com o PT, o PSD integrava o chamado Bloco Parkamentar de Resistência Denicratica, que tem pelo menos 27 senadores agregados se se contar com o PSB, que também passou a integrar o bloco.

Mas, como o PSD é o maior partido do bloco, passou a ter mais cargos na estrutura do Senado e mais poder na hora de indicar presidentes de comissões importantes, como a de Segurança Pública, da qual Petecão é presidente. É o demasiado poder do PSD que estaria levando os senadores petistas a isolar o Partido e procurar outras siglas para ampliar o bloco.

A ideia dos petistas é buscar aliancas com pelo menos dois partidos de centro no Senado. Se isso se concretizar, dizem os analistas da política, Sérgio Petecão perde a primazia de ser o único dos três senadores do Acre afinado com o governo.
Um rompimento, a esta altura, seria fatal para quem precisa do governo para liberar emendas e para quem tem afilhados no governo federal, ainda que em cargos menores, a como é o caso de delegacias e superintendências de órgãos federais no Acre.

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