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Se lei for aprovada, Acre pode ter cassino funcionando de forma legal; PL passa na CCJ

Por Tião Maia, ContilNet

O Acre, assim como os demais estados brasileiros e o Distrito Federal poderão dispor de cassinos e outras modalidades de jogos de azar de acordo com a proporção de sua população. Enquanto o Estado mais populoso do país, São Paulo, poderá ter até três cassinos para jogos e apostas, Amazonas, Pará, Minas Gerais e Rio de Janeiro, pela proporção de suas populações, poderão ter até dois. Estados de população menor, como é o Acre, só podem chegar a um cassino.

Foi o que decidiu na tarde desta quarta-feira (19), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, que aprovou projeto de lei autorizando o funcionamento de cassinos e jogos de azar no Brasil. Foram 14 votos favoráveis e 12 contrários.

Segundo o relator da proposta, caso a legalização avance, serão criados 700 mil empregos diretos e 600 mil indiretos/Foto: Reprodução

O texto, criticado pela oposição e que foi alvo de protestos no Senado, ficou semanas sem ser votado na comissão por causa das divergências. O placar apertado desta quarta é um retrato que o tema segue dividindo os senadores. A proposta agora vai ao plenário.

A proposta permite a instalação de cassinos em polos turísticos ou complexos de lazer, como hotéis de luxo de pelo menos 100 quartos, resorts, restaurantes e bares, por exemplo.

Há ainda a autorização para que sejam instalados até dez cassinos em embarcações marítimas com ao menos 50 quartos. Existem critérios com os seguintes:

Pela nova lei, as embarcações que tiverem cassinos terão autorização para ficarem ancoradas no mesmo lugar por 30 dias. No caso dos bingos, a regra determina o funcionamento de um a cada 150 mil habitantes. Já para o jogo do bicho, a regra é de um para cada 700 mil habitantes.

Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES) discursaram contra a legalização. Para eles, a criação de cassinos trará mais lavagem de dinheiro, narcotráfico e aumento da criminalidade. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) declarou que o avanço do texto aumentará vícios e prejudicará as famílias.

O texto deixa destacado que só poderá jogar aquele cliente que fizer pagamento por Pix ou cartão de débito, não sendo autorizado o uso de cartão de crédito, podendo a instituição ser alvo de penas criminais.

O projeto estabelece que para um cassino funcionar, deverá ser apresentado um capital social mínimo de R$ 100 milhões. O credenciamento terá validade de 30 anos, podendo ser renovado pelo mesmo período.

Segundo o relator da proposta, senador Irajá (PSD-TO), caso a legalização avance, serão criados 700 mil empregos diretos e 600 mil indiretos. Nesta quarta, Irajá disse também que a arrecadação pode aumentar em aproximadamente R$ 20 bilhões por ano com a autorização.

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