TFT 5 anos: desenvolvedores contam detalhes do modo Festa do Pingu e mais

Para manter a popularidade, o TFT passou por diversas mudanças ao longo dos anos, além de contar com diversos elencos de campeões. Na Festa do Pingu, algumas das características de diferentes conjuntos estarão presentes. Assim, como em todas as atualizações, os usuários podem criar diferentes combinações de peças no tabuleiro. No entanto, dessa vez o grande destaque está na nostalgia, principalmente para aqueles que jogaram antigos sets destes cinco anos.

Para Peter, o TFT cresceu ao longo do tempo graças à comunidade do jogo que, segundo ele, é uma das mais “engajadas e acolhedoras”. Naturalmente, escutar os players e construir o game em conjunto foi, uma das grandes chaves para o sucesso nesses cinco anos:

“Uma das coisas que ouvimos repetidamente de nossos jogadores é que eles adoram coisas novas. Ser capaz de apresentar diferentes situações e quebra-cabeça tem sido uma das coisas mais maravilhosas do TFT. Então, passamos de alguns conjuntos por ano para agora três conjuntos, além de vários novos eventos. Sempre tem algo novo para fazer no TFT.”

Christina, por sua vez, comentou sobre como isso impactou na Festa do Pingu em si, considerado o maior evento de aniversário do TFT até hoje. Além de trazer os conjuntos conhecidos, o objetivo foi criar a atmosfera de uma “grande festa”, seja para jogadores experientes ou novatos. Inclusive, houve um cuidado para também não exagerar no processo de trazer mecânicas antigas do game, justamente para não confundir demais os usuários de primeira viagem.

Essa ambientação festiva pode ser vista em diferentes momentos do jogo, como a seleção de portais no começo do game, escolha de personagens durante as partidas ou até nas recompensas no decorrer do evento — que prometem ser um atrativo para jogadores antigos. Alguns monstros que aparecem em momentos específicos entre os rounds foram substituídos por cupcakes, enquanto outros até recebem um chapéu de festa para entrar no clima.

O modo Festa do Pingu não foge da essência do TFT em si, mas traz como destaque a presença de 20 características antigas, sendo duas de cada um dos 10 conjuntos. Esse recurso serve para adicionar ainda mais diversidade na sua equipe, uma vez que além das características de cada uma das peças, você consegue escolher outras externas para impactar a sua estratégia.

Além disso, como em atualizações anteriores, o jogo segue com o fator replay como um de seus principais destaques. Desde sempre, a maior parte das peças que você pode obter são aleatórias, ou seja, é muito raro repetir um mesmo esquadrão em diferentes partidas. Isso gera diferentes combos de golpes ou personagens, algo que deixa a experiência menos monótona. Entretanto, é preciso ter uma grande habilidade de adaptação, principalmente agora com as diversas características únicas que são obtidas durante a partida.

Vale lembrar que os bônus antigos estão de volta apenas no modo de aniversário, e não nas partidas normais ou ranqueadas do TFT. As características são:

• Conjunto 1 — Imperial, Fantasma
• Conjunto 2 — Ascensão dos Elementos: Montanha, Glacial
• Conjunto 3 — Galáxias: Piloto Mech, Rebelde
• Conjunto 4 — Destinos: Sabugueiro, O Chefe
• Conjunto 5 — Contestação: Endiabrado, Bruxa
• Conjunto 6 — Bugigangas e Engenhocas: Socialite, Yordle
• Conjunto 7 — Terras Dracônicas: Treinador, Escamaluz
• Conjunto 8 — Ataque dos Monstros!: LaserCorps, Mascote
• Conjunto 9 — Runeterra Reforjada: Shurima, Águas de Sentina
• Conjunto 10 — Batalha Musical: Discoteca, Jazz

Christina comentou que o objetivo foi trazer as características mais marcantes da história do TFT. Porém, ela também disse que essa não foi uma tarefa fácil, já que diversas foram deixadas de lado. Um dos fatores que definiram essa decisão está relacionado ao conjunto de personagens ativo no momento, e como eles interagiriam com esses bônus passados.

“Acho que passamos por algumas interações, então chegamos a caraterísticas memoráveis na história do TFT. Porém também precisávamos de características que combinassem muito bem com as do Fábulas em tinta (set atual), já que o modo é para ser um aditivo dos conjuntos ativos”.

Uma das características que Christina mais sentiu por ter ficado de fora foi o Laguna, presente no conjunto 7 — Terras Dracônicas. O emblema contava com personagens amados pelos fãs, como Kai’sa, Zac, Seraphine e Nilah, que na época era uma das campeãs mais recentes do game. No entanto, por conta de problemas, não foi possível incluir. “Tentamos fazer o Laguna funcionar no passado e, infelizmente, não conseguimos. Havia muitos bugs e era muito difícil”, comentou.

Mesmo assim, ela também disse que, muito além do que competir e fazer a estratégia perfeita, o ideal da Festa do Pingu é explorar a criatividade e priorizar a diversão. Após contar em detalhes algumas de suas partidas, ela contou que “essas são algumas das combinações estranhas que os jogadores podem criar e trazer a nostalgia dos sets anteriores, podendo experimentar, jogar fora do meta e realmente se divertir com o TFT”.

TFT e o League of Legends podem ser vistos como dois jogos completamente diferentes, principalmente quando o assunto é gameplay. Enquanto o MOBA é repleto de ação e mecânica, no qual você depende de outros quatro jogadores para chegar à vitória, o game de estratégia da Riot, por outro lado, pode ser considerado uma experiência mais leve e individual, em que pensar com calma cada um dos seus passos é o mais importante.

Não à toa, para Peter, um dos melhores sentimentos do TFT é “se sentir inteligente”, principalmente quando seus planos dão certo no fim das contas. Ele também destaca que o game é reconhecido pela sua facilidade de acesso, algo que se comprova pelo fato de estar disponível para celulares e computadores. O LOL, por exemplo, tem mais diferenças em relação ao Wild Rift, a versão mobile do MOBA.

Mas mesmo com públicos distintos, ele também acredita que ambos os títulos contam com muitas semelhanças que vão muito além dos personagens iguais. “O TFT é uma oportunidade para nossos jogadores expressarem suas fanfics do League of Legends. É uma maneira de colocar as unidades no tabuleiro de uma forma que reproduza essas histórias que você tem em mente, algo que não é possível nos outros games da Riot”, afirmou Peter. Além disso, o desenvolvedor destacou que os usuários contam com um amor em comum pela competição, mas que é vista de forma diferente em cada game.

“O TFT é um daqueles jogos realmente incríveis para conversar com seus amigos. É ótimo dizer ‘ah, este jogo eu ganhei um campeão de três estrelas e um bônus que funcionou perfeitamente’. Por outro lado, ‘você não vai acreditar nesta partida horrível que eu tive, foi muito azar’, e então você entra na fila de novo e joga de novo.”