O Acre viveu em janeiro deste ano uma explosão de casos de Síndrome Gripal e Dengue, duas doenças que fizeram que com que o governo do Estado declarasse situação de emergência.
Na época, o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, explicou que o decreto fazia parte de uma medida estratégica e planejada para conter os casos e evitar uma crise no sistema de saúde. Além disso, também era uma forma de obter recursos extras.
“A medida é uma exigência do Ministério da Saúde para garantir recursos extras. Estamos preparando o sistema de saúde para possíveis necessidades futuras, como a abertura de novos leitos e contratação de pessoal”, salientou logo após o decreto.
Em janeiro, por exemplo, segundo dados do Observatório em Saúde da Sesacre, foram registrados 789 casos de Síndrome Gripal no Acre. Nos meses seguintes, o número foi recaindo, sendo que em fevereiro foram 118 casos, março (155), abril (214) e maio (260). Boa parte dos casos estão concentrados no município de Cruzeiro de Sul, que lidera as notificações.
Já em relação às notificações de dengue, também foi no mês de janeiro que houve o maior registro da doença no Acre.
Só para se ter uma ideia, nos primeiros 31 dias de 2024, a Saúde registrou mais de 12 mil notificações de dengue, o que resultou na superlotação das unidades.
Nos meses seguintes, houve uma redução nos números de notificação: fevereiro (5,1 mil), março (2,8 mil), abril (2,3 mil) e maio, apenas 1.200 notificações.
O epicentro das notificações foi a capital Rio Branco, que concentrou mais de 10 mil casos.
Estabilidade nos casos
Em entrevista ao ContilNet nesta quinta-feira (6), o secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, informou que os números indicam estabilidade nos casos de dengue e na ocupação de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Porém, ainda há uma preocupação sobre os casos de síndrome respiratória.
“Não estamos sobrecarregados, mas a procura ainda está aumentada. Mas o pacientes graves estão sendo bem remanejados”, disse.