Alan Rick fica em meio ao fogo cruzado entre bolsonaristas e o ministro Alexandre de Moraes

Senador acreano é citado como exemplo de vítima de censura imposta pelo ministro do STF em novas denúncias do senador Marcos do Val sobre manipulação das eleições em 2022

O senador acreano Alan Rick (União Brasil) viu seu nome ser relacionado, na manha desta terça-feira (2), como um dos personagens que teriam sido vítimas de perseguição pela falta de liberdade de expressão no país, segundo denunciam seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao longo da guerra entre bolsonaristas e seguidores do petismo que chegou ao Governo no terceiro mandado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador foi citado como um dos parlamentares boslonaristas que teriam sofrido censuras em suas manifestações em redes sociais do X, o antigo Twytter, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O senador ainda não se manifestou sobre o assunto.

O caso veio à tona a partir de novas manifestações do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que veio a público dizendo ter provas de que Moraes fraudou eleições em favor de Lula, em 2022. A declaração foi feita na rede do senador no X, afirmando ter “documentos que provam manipulação das eleições”. O post foi feito em letras garrafais, pontos de exclamação e vídeo acusando o “ministro Alexandre de Moraes manipulou as eleições”.

Alan Rick/Foto: ContilNet

O senador afirma que tem em mãos “documentos que provam claramente que o ministro Alexandre de Moraes manipulou as eleições passadas a fim de facilitar pro Lula e dificultar para o Bolsonaro e todos os influentes de direita”. Do Val diz ter 500 páginas que incriminam o ministro do STF e que apontam violações de direitos humanos por parte do ministro.

Os documentos, no entanto, não foram apresentados na rede social. O documentos citados podem ter relação com o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (EUA), que em abril deste ano, divulgou um relatório que aponta supostas decisões contra a liberdade de expressão do ministro Alexandre de Moraes, envolvendo a rede social X.

A comissão tem maioria de parlamentares do Partido Republicano, oposição ao governo do presidente dos EUA, Joe Biden. O documento tem como título “O ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio do governo Biden: o caso do Brasil”.

O relatório acusa os governos do Brasil e dos Estados Unidos de buscar silenciar críticos nas redes sociais. O texto foi divulgado após uma série de críticas do bilionário Elon Musk, dono do X, contra as decisões de Moraes que determinam a suspensão de contas que divulgarem informações falsas, em especial contra o processo eleitoral brasileiro.

Na esfera brasileira, o comitê cita como opositores do governo afetados pelas medidas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Alan Rick (União Brasil-AC), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e a filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil. Roberto Jefferson continua preso por reagir a um mandado de prisão do STF atirando de fuzil e soltando granadas contra os agentes federais que foram cumprir a ordem, em sua casa, no Rio de Janeiro, em 2022.

“Moraes censura demandas. Para esse fim, compreender as ameaças representadas pelos anti-liberdade de movimento de governos fora do país, o Comitê emitiu um intimação para X Corp. para documentos e registros relacionados aos esforços recentes pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelo Supremo Tribunal Federal no Brasil para obrigar X censurar meios de comunicação social no país”, diz trecho do documento.

O colegiado também solicitou todos os documentos e comunicações entre o Departamento de Estado e o governo brasileiro sobre as ordens, demandas ou mandados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do STF relacionados à suspensão ou remoção de contras do X.

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