O ex-deputado estadual Luiz Garcia, seus amigos e familiares passaram a respirar aliviados a partir desta quarta-feira (3), quando médicos amazonenses especializados em Oncologia descartaram a possibilidade de o ex-parlamentar pelo Acre ser portador de um raro tipo de câncer em homens, o peniano. O diagnóstico de que o ex-parlamentar não é portador da doença foi dado hoje à família, em Manaus (AM), onde Luiz Garcia reside no momento após ter deixado o Acre, há oito anos.
Luiz vem ao Acre comemorar o fim da luta contra o câncer/Foto: ContilNet
Aos 78 anos, o ex-deputado, eleito para dois mandatos, de 1986 a 1994, na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), ainda exerceu parte de um terceiro mandato de 1997 a 1998, na gestão do então governador Orleir Cameli. “Eu era o oitavo suplente naquela época, mas fui surpreendido quando o então governador e o então deputado César Messias foram à minha casa e anunciaram que precisavam de mim na Assembleia e que, para eu poder assumir, os sete suplentes anteriores estavam renunciando para que eu voltasse ao parlamento, o que muito me honrou”, contou o ex-parlamentar ao ContilNet.
Luiz Garcia, gaúcho de Rio Pardo, chegou ao Acre através do Exército, indo sevir ao 61º (Batalhão de Infantaria e Seva), em Cruzeiro do Sul, no início dos anos de 1980. Em 1986 se elegeu pela primeira vez para deputado estadual pelo PDT de Leonel Brizola, de quem foi seguidor. Em 1990, conquistou mais um mandato como aliado da chapa que elegeu o então governador Edmundo Pinto. Assassinado o governador, o vice Romildo Magalhães assumiu como seu substituto e, nesta condição, na Assembleia Legislativa, Luiz Garcia passou a desempenhar o papel de líder do Governo. Na busca do terceiro mandato consecutivo, não foi feliz, ficando na oitava suplência, mas acabou assumindo mais da metade do mandato.
Fora da política, passou a se dedicar à pesquisar à história do parlamento acreano, chegando a escrever e a publicar livros sobre o assunto. Mas, em 1994, aos 70 anos de idade, a saúde começou a ficar claudicante e ele então decidiu procurar centros mais avançados para cuidar de si e da família. “Mudamos para Manaus em busca de melhor qualidade de vida e de saúde”, admitiu.
Mas foi em Manaus que, aos 74 anos, Garcia sofreu um infarto que por pouco não lhe tirou a vida. Segundo o filho, Dalvânio, o ex-parlamentar foi salvo pela ideia de procurar um hospital nos primeiros sintomas. Recuperado do infarto, começaram a surgir sangramento na região genital e os médicos, nos primeiros diagnósticos, apontaram a possibilidade, com 80% de chances, de ser câncer peniano.
Nesta quarta-feira, no entanto, o novo diagnóstico médico informou que o ex-deputado estava nos 20% das estatísticas que apontavam para outras doenças e não o câncer. “Vou coemorar mais essa vitória aí, com meus amigos do Acre”, disse.
Luiz Garcia volta ao Acre no próximo dia 4 de agosto. Vem participar de um encontro em Rio Branco dos remanescentes do quartel do 7º BEC (Btalhao de Engenharia e Construção), do qual ele também foi integrante. “Vou ficar uns 15 dias com meus irmãos acreanos”, disse, sobre o retorno.
