Assassino do jornalista Tim Lopes ganha liberdade e será monitorado por tornezeleira

Dos sete condenados, só Zeu continuava preso; Jornalista foi torturado até a morte e queimado junto com pneus, método de crime chamado “microondas”, para não deixar pistas

Um dos principais envolvidos no assassinato do jornalista Tim Lopes, Elizeu Felício de Souza, o Zeu, ganhou a liberdade nesta sexta-feira (5), no Rio de Janeiro. A Justiça fluminense determinou a progressão da pena para o regime domiciliar, com o uso da tornezeleira eletrônica.

O traficante teve alvará de soltura expedido na quinta-feira (4). Zeu ficou 13 anos preso. Ele era o único executor preso pelo crime, que aconteceu em 2002. O condenado cumpria pena no Complexo de Gericinó, em Bangu.

O homem foi capturado durante a ocupação do Complexo do Alemão, em 2010. Dos sete condenados pelo assassinato, dois morreram, outros três saíram em liberdade e um é considerado foragido.

Zeu foi preso em 2010/Foto: Reprodução

Tim Lopes foi assassinado em junho de 2002 no Complexo do Alemão. O repórter apurava uma reportagem sobre a atuação do crime organizado na comunidade quando foi capturado, torturado e morto por traficantes. Ele produzia uma matéria sobre prostituição de adolescentes e consumo de drogas em um baile funk. Segundo a polícia, Tim foi identificado por um segurança do tráfico, que encontrou uma microcâmera escondida com o repórter.

O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, era líder do Comando Vermelho e ordenou a morte do jornalista, Tim Lopes foi levado para o morro da Grota, no Complexo do Alemão, onde foi torturado e atingido por um golpe de espada no tórax. Tim teve as pernas cortadas e foi queimado dentro de pneus, um método chamado de “micro-ondas” — usado para não deixar vestígios do crime.

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