É bronze! O Brasil conquistou medalha inédita na Ginástica Artística por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva e Júlia Soares brilharam nas Olimpíadas e vão trazer a medalha para casa.
O Brasil iniciou a final com atletas nas barras paralelas. O melhor desempenho no aparelho foi de Rebeca Andrade, com nota 14.533 — 8.333 de execução e 6.200 de dificuldade — 0.133 a mais do que o recebido na classificatória. Lorrane Oliveira e Flávia Saraiva foram avaliadas com 13.000 e 13.666, respectivamente. O índice de Rebeca alavancou o Brasil para a quinta colocação ao fim da primeira rotação. Os Estados Unidos puxaram a fila, com China e Itália.
O segundo desafio brasileiro foi na trave de equilíbrio. A caçula Júlia Soares, 18 anos, iniciou os trabalhos, mas sentiu a pressão ao sofrer queda que culminou em desconto. Na retomada, desequilibrou-se levemente antes e após sair com duplo mortal cravado. Chorou no banco e recebeu 12.400, 1.400 a menos do que o somado na classificatória.
À vontade, apesar de ter sofrido um corte no supercílio durante o aquecimento, Flávia Saraiva cumpriu bem a série no aparelho preferido e aumentou a avaliação em comparação com a fase anterior: 13.433. Porém, não ficou satisfeita e solicitou recurso, negado em seguida. Rebeca Andrade abaixou o índice. Classificou-se com 14.500 e recebeu 14.413 na decisão.
O terceiro desafio foi o solo, com Julia, Flávia e Rebeca garantindo boas notas para ajudar o Brasil na busca por medalha. Julia foi primeiro e conquistou a nota de 13.233, um valor 0.267 menor do que na classificatória. Já Flávia e Rebeca conseguiram valores mais altos do que na classificação, com 13.533 e 14.200, respectivamente.
No salto, o Brasil precisava ser próximo ao perfeito nas notas para buscar uma medalha. Jade Barbosa teve um erro na chegada e ficou com 13.3666; Flávia com 13.900; e Rebeca com 15.100, nota superor a de Simone Biles, que obteve 14.900. Como a prova era mais rápida, as ginastas ficaram atentas no aguardo das notas dos outros países para cravar a medalha. Era preciso acompanhar as provas da Grã-Betenha e da Itália.
A confirmação do bronze veio depois do solo de Simone Biles, que conquistou o ouro para os Estados Unidos, e de Angela Andreoli, da Itália, para a prata.