Um montanhista de Minas Gerais está desaparecido em uma das montanhas mais altas da América do Sul, no Peru, desde o dia 1º de julho. O governo peruano mobilizou equipes de resgate, enquanto familiares e amigos se mobilizam em busca de informações sobre Marcelo Motta Delvaux.
De acordo com o governo Peruano, Delvaux estava no Nevado Coropuna, um complexo extravulcânico. A denúncia sobre o desaparecimento foi feita por Julieta Ferreri, namorada do brasileiro. A mulher acionou o alojamento El Álamo para ter informações sobre o turista, já que, segundo ela, o GPS estava enviando dados errados sobre a localização dele. Na data, a hospedaria informou à companheira que o montanhista tinha feito a reserva para o dia 1º de julho, mas ainda não havia aparecido.
“Para escalar o Coropuna são necessários pelo menos 4 a 5 dias se for de ônibus; mas se você não estiver aclimatado pode demorar mais alguns dias, se a pessoa não estiver aclimatada e a 6 mil metros acima do nível do mar, a partir do momento em que o sinal deixa de ser percebido, há rachaduras no solo; mas acham estranho que ele não tenha usado o botão SOS no seu Inreach [comunicador portátil via satético”, diz comunicado do governo peruano.
O governador regional Rohel Sánchez Sánchez informou que liberou o aparato necessário para as buscas. O caso foi comunicado à Rede de Alerta Turístico. Membros Polícia de Alta Montanha foram encaminhados para a região para auxiliar nos trabalhos. Quem é Marcelo Motta Delvaux Marcelo Motta Delvaux se apresenta como guia de montanha. O site do profissional indica que ele pratica escalada em rocha desde a década de 1990 e alta montanha desde o início dos anos 2000. O currículo do brasileiro conta com mais de 150 subidas nos Andes e no Himalaia, em países como Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e Tibete. Ele também experiência em 54 cumes acima de 6 mil metros, sendo um dos brasileiros com maior número de cumes no Aconcagua (12 cumes), a montanha mais alta da Américas.