Com menos de 1,60 metros, Rio Acre está a 30 cm de atingir menor cota da história da capital

Os dados são da Defesa Civil de Rio Branco e Secretaria de Estado de Meio Ambiente

A seca que atinge o estado também tem atingido o Rio Acre, em Rio Branco. O nível das águas segue diminuindo na capital, registrando, nesta quarta-feira (23), a marca de 1,55 metros. Este nível está a 30 centímetros de atingir a menor cota já registrada em Rio Branco e a menor medição para a data, se analisado o mesmo período nos últimos cinco anos.

Segundo o Relatório Hidrometeorológico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), toda a bacia do Rio Acre está em situação de alerta, sendo 7 pontos de monitoramento em alerta máximo e dois em alerta. De acordo com Monitor de Secas, entre maio e junho, em termos de severidade da seca, em oito unidades da federação a seca se intensificou nesse período: Acre, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

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O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, oficializou o decreto de situação de emergência/Foto: Defesa Civil

Apesar de intensificar a severidade, o Acre não aumento no território com seca. Esta é a primeira vez que o estado registra seca em 100% de seu território por dois meses consecutivos desde o período entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024.

Além disso, não há registro de chuvas desde 7 de julho, quando choveu 58,6 mm em 24 horas, segundo os dados da Defesa Civil de Rio Branco.

Segundo os dados da Defesa Civil, o nível mais alto registrado foi em 3 de julho, com o manancial medindo 1,86 metros em Rio Branco.

Fonte: Relatório Hidrometeorológico/Sema

Situação de Emergência

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou o decreto de situação de emergência em junho deste ano. O decreto considera a urgência provocada pelos baixos índices dos rios, que indicam que o período de seca será mais crítico e prolongado, além da tendência de baixa umidade do ar.

A escassez de chuvas que se estende desde o mês de abril e deve permanecer pelos próximos meses, com severa diminuição do nível dos rios, também foi considerado no decreto, pois é um fato que aumenta o risco e causa desabastecimento de água potável na zona urbana e comunidades rurais de Rio Branco, o que potencializa prejuízos à saúde humana, aos animais e em todas as atividades agrícolas.

Mapas de maio e junho de 2024/Foto: Monitor de Secas

Com o documento, fica declarada a existência de anormalidade caracterizada como situção de emergência por estiagem, principalmente em comunidades rurais, listadas no decreto, além de bairros de Rio Branco.

Com a assinatura do decreto, a Defesa Civil municipal pode requisitar apoio técnico e logístico da administração pública de Rio Branco, com objetivo de prevenir, prestar assistência e socorro às comunidades que precisarem.

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