A Justiça Eleitoral registrou um número recorde de eleitores que incluíram o nome social no título eleitoral. Para as eleições deste ano, 41 mil pessoas trans e travestis pediram para que conste, no documento, o nome com o qual se identificam e são socialmente reconhecidos.
As informações foram divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste quinta-feira (18).
Evolução dos números
A possibilidade de inclusão do nome social no registro teve o aval do Tribunal Superior Eleitoral em 2018, logo depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu que que transexuais e transgêneros podem alterar seu nome no registro civil sem a necessidade de realização de cirurgia de redesignação sexual.
Naquele ano, 7,9 mil pessoas pediram a mudança no cadastro – o equivalente a 0,01% do total de 147,3 milhões eleitores aptos a votar na ocasião.
Em 2020, ano de eleições municipais, o número de eleitores que pediram a alteração nos registros passou para 10,4 mil – o que correspondeu a 0,01% do eleitorado total, mais de 147,9 milhões de pessoas.
Em 2022, em novas eleições presidenciais, o total de eleitores com nome social passou para 37,6 mil (0,02% do universo de 156,4 milhões de eleitores).