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Na virada da década de 1980 para 1990, participou de festivais pelo Brasil e no exterior. Em 1993, gravou seu primeiro disco, “Encontro das águas”. A música-título foi o primeiro de grandes sucessos surgidos em seguida como “Que nem maré”, “Monalisa” e “Homem-Aranha”, entre outros.
Este ano, o artista celebra 30 anos de carreira com apresentações pelo país. Em entrevista ao NEW MAG, ele falou da celebração nos palcos, das influências recebidas de mestres da MPB, do casamento com Martha Suarez e sobre a ameaça da inteligência artificial para os artistas.
Como tem sido a turnê em comemoração aos seus 30 anos de carreira?
Estou rodando com meu show pelo Brasil todo. Recentemente, fiz um show na Bahia e ganhei o título de Cidadão Soteropolitano. Sou casado com uma baiana, então tem tudo a ver. Sou mais um aluno de Gilberto Gil (risos).
Muitas das tuas canções são de amor. O casamento é uma inspiração no seu processo criativo?
Com certeza! Principalmente nas praias da Bahia. Ali na de Stella Maris, na Beira… Sou muito inspirado pela música de Caetano (Veloso), Gilberto Gil e por toda essa geração de cantores baianos.
Então já vem novas músicas por aí?
Estou sempre compondo, trazendo algo novo. Hoje em dia, através das plataformas digitais, consigo lançar músicas mensalmente. Isso é muito saudável, muito bacana.
Como vê o uso de novas tecnologias na música, em um tempo que vozes são manipuladas para gravações usando inteligência artificial?
Acho que a Inteligência Artificial vai ser o que nós criarmos a partir dela. Somos espécies de deuses da I.A. Então, se formos bons deuses, teremos o prazer de inventarmos um ser divino, um ser elevado, com uma consciência. Temos possibilidade de fazer isso, mas precisamos saber educar essa criança.
Com qual artista da cena atual da música sente vontade de gravar ou compor?
São vários muito bons com os quais sinto vontade de gravar. O Vitor Kley e os Gilsons, por exemplo, que é um grupo que eu adoro. Também tem desconhecidos como Junior Meirelles e a Luana Malé. Muita gente nova e muito boa, como o pessoal do Poesia Acústica. Enfim, o Brasil é um celeiro de talentos.